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Cinco motivos que fazem do Mimo um festival massa

Do UOL, em Amarante (Portugal)*

23/07/2017 23h15

Depois de três dias de atrações na cidade de Amarante, norte de Portugal, chega ao fim a segunda edição internacional do Mimo Festival 2017. Entre sexta (21) e domingo (23), a cidade que fica a 60 quilômetros de Porto, foi palco para shows dos brasileiros da Nação Zumbi, Hamilton de Holanda, Jards Macalé, Céu, Rodrigo Amarante, a inglesa Ala.Ni, além de artistas portugueses como o renomado Manel Cruz e o jazzista norte-americano Herbie Hancock, que tocou para o maior público do festival na noite de sábado, entre outros.

A programação do domingo, último dia, foi dominada por atrações brasileiras. Por volta das 18h, Jards Macalé trocou uma ideia com o público no encontro intitulado "Eu Não Preciso de Muito Dinheiro". A canção "Vapor Barato", composta por Macalé em parceria com Waly Salomão - famosa pela interpretação de Gal Costa e O Rappa -, foi um dos assuntos. O dia seguiu com apresentação de voz e violão de Rodrigo Amarante. O músico levou o público às gargalhadas por várias vezes, inclusive, pelo fato de carregar o nome da cidade em seu sobrenome.

Passava das 23h30, quando a cantora Céu subiu ao palco para mostrar canções de seu mais recente trabalho, "Tropix", o quarto disco de carreira.

O encerramento do festival ficou a cargo do artista português Manel Cruz. O guitarrista que ganhou notoriedade na década de 1990 como integrante da banda de rock Ornatos Violeta é atração confirmada nas edições do Mimo Rio e Mimo Olinda, ambos em novembro.

Após a edição portuguesa, cinco municípios brasileiros recebem o festival este ano: Paraty (6 a 8 de outubro), Rio (10 a 12 de novembro) e Olinda (17 a 19 novembro), além dos circuitos menores em Tiradentes (28 a 29 de setembro) e Ouro Preto (29 a 30 de setembro). Veja aqui a programação completa do Mimo.

Veja abaixo cinco motivos que tornam o Mimo um festival massa:

1. Não tem música ruim: Mesmo que não seja seu gênero favorito ou você nunca tenha escutado absolutamente nada sobre o artista, sempre terá algo interessante para conhecer. Como o evento reúne músicos conhecidos ou não do mundo todo, há sempre uma boa surpresa. No Mimo não tem o vizinho da música irritante.

2. A cidade que sedia o evento respira música 24h: Seja nos locais dos shows, bares, hotéis, restaurantes ou cafés, o assunto é um só: música. "Toda a gente", como se diz em Portugal, só fala sobre as atrações que viram ou que ainda assistirão.

3. Artistas gente como a gente: Antes ou depois das apresentações é possível encontrar com músicos circulando pela cidade. Com um pouco de sorte é capaz de almoçar, tomar um café ou um drink com algum deles. Todos disponíveis e dispostos a falar sobre suas obras.

4. O público está realmente a fim do show: Pode ser um grande nome ou alguém nem tão conhecido da maioria das pessoas, a atenção que a plateia demonstra é a mesma. As pessoas circulam de um lado ao outro atrás da música, do filme ou das oficinas.

5. Acesso a todos: Com entrada gratuita, todos são bem-vindos ao evento. Além disso, o festival se preocupa com acessibilidade e integração das pessoas com deficiência. Há informações em braile, intérpretes de libras e áreas reservadas para pessoas com mobilidade reduzida.

* A jornalista viajou a convite do Mimo