Corpo de Suassuna é velado no Palácio do Campo das Princesas, em Recife
Ariano Suassuna está sendo velado no Palácio do Campo das Princesas, em Recife. O corpo do escritor chegou ao local às 22h50 e foi recebido com muitas palmas. Uma missa de corpo presente foi realizada para familiares e amigos, e o velório aberto ao público por volta das 23h30. O caixão está coberto com as bandeiras do Brasil e do Sport Club do Recife, time do coração do escritor.
Suassuna, autor de livros como "O Auto da Compadecida" e "O Santo e a Porca", morreu às 17h15 desta quarta-feira (23), aos 87 anos. Ele teve uma parada cardíaca após sofrer, no início da semana, um AVC hemorrágico, segundo boletim médico do Real Hospital Português de Recife.
O governador do Estado de Pernambuco, João Lyra Neto, decretou luto oficial de três dias. O presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras), Geraldo Holanda Cavalcanti, também determinou luto oficial de três dias e que a bandeira da instituição fique hasteada a meio mastro.
Eleito para a ABL em 1989, Suassuna escreveu mais de 15 peças teatrais e seis romances ficcionais. Ficou conhecido nacionalmente por "O Auto da Comparecida", de 1955. A história virou minissérie da TV Globo em 1999 com Matheus Nachtergaele e Selton Mello, e foi adaptada para o cinema em 2000.
O estado de saúde do escritor piorou na noite de terça. Ele estava em coma e respirando com a ajuda de aparelhos. Em agosto do ano passado, Suassuna, que sofria de diabetes, teve um infarto agudo do miocárdio e, semanas depois, foi internado com aneurisma cerebral.
Os problemas de saúde, no entanto, não o impediram de seguir seus trabalhos e, em março deste ano, ele participou do Galo da Madrugada de Recife, onde foi homenageado. Teatrólogo e romancista, ele também continuava ministrando suas "aulas-espetáculos" (palestras que misturavam concerto com dança). A última foi na sexta-feira passada durante o 24º Festival de Inverno de Garanhuns, e havia outra já marcada para o dia 5 de agosto, em Curitiba.
Suassuna é o terceiro integrante da Academia Brasileira de Letras a morrer em três semanas. No dia 3 de julho foi Ivan Junqueira e no dia 18, João Ubaldo Ribeiro. Apesar de não integrar o órgão, o escritor Rubem Alves morreu no dia 19.
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