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Famílias ignoram relatos de violência e buscam diversão na Praça da República durante Virada

Thiago Azanha

Do UOL, em São Paulo

19/05/2013 16h46

Ponto emblemático da falta de segurança na noite e madrugada deste domingo (19) na Virada Cultural, a Praça da República foi tomada por famílias em busca de diversão e calmaria neste domingo.

"Fiquei sabendo dos problemas, mas não tive medo de trazer meu filho. A violência existe em todo lugar. Só fiquei um pouco mais receoso", contou Vanderson Satiro, pai do pequeno Heitor. "Pensei em ir ao show do Racionais, mas decidi que não seria um bom lugar para levar uma criança, não pela banda, mas pelo público", afirmou.

Já Rodrigo Corrêa, que passeava com a mulher, Daniele Corrêa, e a filha, Manuela Corrêa, não ficou sabendo dos acontecimentos da noite anterior, pois contou que não tem o hábito de ler notícias nos finais de semana.

"Se soubesse, não teria trazido. Mas viemos apenas experimentar a comida dos chefs e já estamos indo embora", disse Rodrigo.

Moradora da região central, Tatiane Ferreira aproveitou a calmaria na tarde deste domingo para passear com o filho, Leonardo Ferreira. "Os cuidados a se tomar são os mesmos para todos os outros dias da semana. Só evito, por exemplo, andar com brincos e relógios".

Outras famílias que circulavam pela Praça da República caminhavam sentido à Praça da Luz para a Viradinha.

"Queremos ver o Peixonauta na Viradinha, porque nossos filhos gostam muito deles", disse Tatiana Domingos, que estava acompanhada do marido e dois filhos.

"Viemos para passear durante a tarde, mas sem um show específico na Viradinha. Mas a noite certamente não traríamos nossas filhas", disse Emanuel Guedes, que passeava pela Virada ao lado da mulher, Noemi Guedes, e das duas filhas pequenas, Maria Helena e Maria Antonia.