Senado francês examina texto sobre reconstrução da Notre-Dame e pede reprodução fiel
O Senado francês analisa, a partir de hoje em primeira leitura na Assembleia Nacional, o texto que detalha a restauração da catedral de Notre-Dame, parcialmente destruída em um incêndio no dia 15 de abril.
O projeto de lei "para a conservação e a restauração da catedral" foi apresentado pelo governo levando em consideração o desafio lançado pelo presidente francês, Emmanuel Macron. O chefe de Estado espera reconstruir o monumento em um prazo de cinco anos, considerado curto demais pelos especialistas do setor.
Na última sexta (24), em um discurso em homenagem ao vencedor do prêmio Pritzker de arquitetura, o japonês Arata Isozaki, Macron reafirmou sua intenção de reerguer rapidamente o símbolo francês. No Senado, dominado pela oposição de direita, o texto foi criticado e chamado de "lei excepcional", redigido de maneira precipitada. A proposta já ganhou várias emendas nas comissões parlamentares.
Os senadores já suprimiram, por exemplo, o artigo que autorizava o governo a abrir exceções, se necessário, em questões envolvendo o urbanismo, a proteção ambiental e a preservação do patrimônio.
Respeito à imagem do monumento
Os parlamentares também inscreveram no texto uma referência aos compromissos internacionais ratificados pela França, que estipulam que a restauração deve ser fiel à imagem do monumento antes do desastre, incluindo a agulha.
"Devemos fazer uma reconstrução criativa, privilegiando uma aliança da tradição e da modernidade, em uma audácia respeitosa", declarou o chefe de Estado.
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