Plano de reconstrução da Catedral de Notre-Dame gera discussão na França
O incêndio que destruiu o teto da Catedral de Notre-Dame, em Paris, completou hoje um mês. Depois de 30 dias do ocorrido, a igreja está passando por obras preliminares e o possível moderno plano de reconstrução do local está gerando muita discussão na França.
A famosa catedral está tomada por destroços, mas redes de proteção, andaimes e máquinas foram colocados na igreja para ajudar na retirada dos escombros. No entanto, o que vem chamando atenção no país é o processo reconstrução do setor que foi consumido pelo fogo.
Na última semana, a Assembleia Nacional da França aprovou um projeto de lei que crava um prazo de cinco anos para a Notre-Dame ser totalmente restaurada. Isso permitiria que a catedral fosse reaberta antes do início dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.
O prazo de reconstrução está sendo debatido por especialistas, que estão pedindo mais sensatez e cautela no projeto, já que o projeto das obras está sendo acelerado tendo em vista a Olimpíada.
No entanto, o ponto mais discutido é sobre a nova Notre-Dame. O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou ser a favor de "um gesto arquitetônico contemporâneo" para refazer a "flecha", torre central e mais alta da igreja, que foi destruída pelo fogo. O chefe de Estado francês até lançou um concurso internacional.
Alguns deputados e renomados arquitetos não estão gostando da ideia de modernizar a igreja. Eles defendem que a parte consumida pelas chamas deve ser reconstruída exatamente como era.
Uma pesquisa realizada no país mostrou que mais de 50% dos franceses querem uma igreja do mesmo jeito que era antes do incêndio. Já outros 25% apoiaram a ideia de uma catedral mais moderna e com materiais inéditos.
Já o ministro da Cultura, Franck Riester, afirmou que realizará uma consulta pública sobre a reconstrução da igreja e irá apurar os resultados.
O incêndio destruiu a "flecha" e todo seu telhado. Por outro lado, o interior da igreja, o órgão e os vitrais resistiram às chamas. Até o momento, magnatas e empresas já doaram mais de 1 bilhão de euros para a reforma da catedral, que é um dos principais símbolos de Paris e foi imortalizada no livro "O corcunda de Notre-Dame", de Victor Hugo.
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