Fãs de Michael Jackson processam supostas vítimas de abuso após doc da HBO
Grupos de fãs de Michael Jackson pediram hoje indenizações a duas das supostas vítimas de abuso do falecido astro do pop por "macularem sua imagem" no documentário da HBO "Deixando Neverland".
Os fã-clubes processaram os homens em Orléans, no norte da França. O tribunal disse que um veredicto será entregue em 4 de outubro.
Os grupos Michel Jackson Community, MJ Street e On the Line acusam Wade Robson e James Safechuck de difamar Jackson no documentário sobre os supostos abusos infantis cometidos pela lenda pop.

O advogado dos fãs, Emmanuel Ludot, comparou as alegações dos acusadores a um "genuíno linchamento" de Jackson, que morreu em 2009.
Os grupos de fãs, que pedem indenizações simbólicas de um euro cada, estão processando na França porque as leis de difamação do país oferecem proteção contra essa prática até depois da morte, ao contrário dos sistemas legais do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Robson e Safechuck não estavam na corte e não pediram para ser representados por advogados.
Em "Deixando Neverland", os dois adultos dizem ter se tornado amigos do cantor e sido abusados por ele a partir dos 7 e 10 anos de idade no início dos anos 1990.

Jackson foi absolvido das acusações de ter molestado um outro menino em 2005, e sua família negou as acusações feitas no documentário.
O filme, exibido pela M6 na França, causou uma reação negativa ao legado do artista. Algumas rádios pararam de tocar suas músicas, um episódio do desenho "Os Simpsons" com a voz do cantor não voltará a ser exibido e a Louis Vuitton retirou itens ligados a Jackson de sua coleção masculina de verão 2019.
Ludot disse acreditar em uma vitória. Em 2014, ele representou o Michael Jackson Community quando o grupo conseguiu indenizações nominais de um euro do médico particular do pop star, Conrad Murray, devido à sua participação na morte dele.
"Na França, não se pode macular a imagem dos mortos", disse Ludot. "Existe sofrimento moral e emocional. E quando existe sofrimento, existe indenização. É muito simples".
9 Comentários
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Nem a vítima, nem seus herdeiros, nem os autores das ofensas, nem os produtores do documentário residem ou residiram em Orleans (França). Assim, pergunto: Porque, diabos, um Tribunal Francês seria competente para julgar o caso? E se fosse competente, qual a legitimidade dos fãs para propor uma ação de danos morais pela ofensa praticada a outra pessoa?
"""CORRETA ATITUDE DOS FÃS """, pois SUPONHAMOS QUE HOUVE DE FATO OS ABUSOS, e TENHA SIDO FEITO UM ACORDO PARA ABAFAR O CASO; ""O GRANDES CRIMINOSOS SÃO OS PAÍS DOS MENINOS, QUE COLOCARAM INTERESSES FINANCEIROS ACIMA DO BEM ESTAR DOS FILHOS.""