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Eletricista é suspeito de auxiliar médico em clínica que operou MC Atrevida

Funkeira Fernanda Rodrigues, conhecida como MC Atrevida, morre após cirurgia estética - Reprodução/Facebook
Funkeira Fernanda Rodrigues, conhecida como MC Atrevida, morre após cirurgia estética Imagem: Reprodução/Facebook

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

20/08/2020 11h22

A Polícia Civil do Rio investiga se um eletricista trabalhava como auxiliar do médico que fazia procedimentos estéticos na clínica Rainha das Plásticas, no bairro de Vila Isabel, na zona norte do Rio, local onde a MC Atrevida fez uma hidrolipo. Ela teve complicações e morreu 11 dias após a cirurgia.

A Delegacia de Vila Isabel chegou até Almir Paixão da Silveira Júnior, após uma testemunha procurar a sede policial e relatar que o homem era eletricista e trabalhava também na clínica como enfermeiro. A testemunha relatou à polícia ter sido atendida por Almir.

Segundo o delegado André Luiz Neves, responsável pelas investigações, o homem já foi ouvido e negou as informações.

"Ele é sócio de uma empresa de instalação elétrica. Estamos investigando isso. Ele negou que faça procedimentos cirúrgico, mas a testemunha disse que ele auxiliava nos procedimentos e aplicava medicamentos", explica.

De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem, o nome Almir Paixão da Silva Júnior não consta no cadastro do Conselho de Enfermagem do Rio.

A clínica Rainha das Plásticas foi fechada e virou alvo de investigações após MC Atrevida morrer 11 dias após realizar uma hidrolipo no local. O procedimento consiste na retirada de gordura das costas para aplicar nos glúteos. A cantora relatou forte dores na região e, um dia antes de ser internada, começou a apresentar diversos nódulos pelo corpo, o que seria um sinal de infecção. Ela morreu em 16 de julho no hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador.

A Polícia Civil está ouvindo todos os funcionários da clínica. O médico que fez a cirurgia já foi ouvido. Na ocasião, ele informou que a funkeira "morreu porque tinha que morrer mesmo".

Em uma live nas redes sociais, a dona da clínica Rainha das Plásticas, Wania Tavares, negou irregularidade no atendimento oferecido à cantora.

Amigos disseram que a funkeira relatou à clínica as fortes dores e que os funcionários alegaram, por telefone, que era normal o incômodo após a cirurgia.