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'Morreu porque tinha que morrer': médico de MC Atrevida nega erro em lipo

Funkeira Fernanda Rodrigues, conhecida como MC Atrevida, morreu após cirurgia estética - Reprodução/Facebook
Funkeira Fernanda Rodrigues, conhecida como MC Atrevida, morreu após cirurgia estética Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

04/08/2020 09h57

O médico Wilson Ernesto Galarza Jara admitiu em depoimento à polícia que foi o responsável por fazer uma hidrolipo na cantora Fernanda Rodrigues, conhecida pelo nome artístico MC Atrevida, que morreu 11 dias após o procedimento.

De acordo com o jornal O Globo, Wilson negou ter encontrado qualquer problema durante a cirurgia, e chegou a afirmar que MC Atrevida "morreu porque tinha que morrer".

O médico chegou à 20ª DP (Vila Isabel) de cadeira de rodas, supostamente por ter sofrido dois AVCs (acidentes vasculares cerebrais) após a morte da funkeira. Durante o depoimento, alternou momentos de consciência com outros em que não conseguia responder às perguntas.

Wilson é especializado em ginecologia, segundo o site do Conselho Regional de Medicina do estado do Rio (Cremerj). Os policiais questionaram ao órgão se o médico não precisava de uma especialização em cirurgia plástica para realizar o procedimento feito em MC Atrevida, mas ainda não obtiveram resposta.

Denúncias anteriores

O jornal O Globo também apurou que Wilson já foi alvo de várias denúncias de pacientes. O médico chegou a ser condenado, em 2014, a pagar uma indenização de R$ 6 mil para uma mulher a quem equivocadamente deu o diagnóstico de nódulos nos seios.

Em dezembro de 2017, outra mulher denunciou Wilson para a polícia civil, alegando que o médico havia feito comentários inapropriados sobre o seu peso e "tocado o seu membro sobre as calças" quando ela buscou atendimento em seu escritório.

Uma terceira mulher relatou um caso parecido em 2010, dizendo que Wilson havia comentado que seu corpo "dava vergonha" e dito que ele era um cirurgião plástico, que poderia ajudá-la com "suas pelancas".