Paul McCartney critica Itália por não aprovar reembolso em shows cancelados
O músico Paul McCartney criticou o governo italiano pela aprovação de uma lei que permite a distribuição de vouchers em vez do ressarcimento em dinheiro dos ingressos de shows cancelados devido a pandemia do novo coronavírus. No mês passado houve o cancelamento de duas apresentações do ex-Beatles, que ocorreriam nesta semana nas cidades de Nápoles e Lucca.
"É escandaloso que aqueles que pagaram seus ingressos não recebam seu dinheiro de volta. Sem os fãs, não haveria entretenimento ao vivo. Discordamos veementemente do que o governo italiano vem fazendo. Em todos os outros países que visitaríamos neste verão, os fãs tiveram reembolso. Os organizadores dos shows e a legislação italiana devem fazer o certo aqui. Estamos desapontados porque os shows não puderam acontecer, e isto é um desrespeito com os fãs", escreveu McCartney em nota na sua página oficial do Facebook da Itália.
A postagem ainda diz que no momento em que a decisão do cancelamento das apresentações foi tomada, a equipe do músico tinha a convicção de que aconteceria a devolução do pagamento. Porém, a recomendação aprovada pelo governo em apoio ao pedido da Assomusica (Associação dos Produtores Musicais Italianos) foi exatamente contrária.
Em declaração, a produtora italiana D'Allessandro e Galli, organizadora dos shows de Paul McCartney, defendeu a medida em nome da manutenção de empregos da indústria musical italiana. Explicou que seria um equilibrio entre a insatisfação dos fãs e a necessidade vital de apoiar toda cadeia produtiva do entretenimento no país.
Também afirmou que a equipe do músico britânico tinha plena ciência que aconteceriam a distribuição de vouchers como uma medida contra a crise do seguimento na Itália.
"Essa fórmula de reembolso é uma medida extraordinária que a equipe de Paul McCartney estava perfeitamente ciente antes do cancelamento e que, como é de conhecimento, foi estabelecida pelo governo italiano para lidar com uma crise sem precedentes que corria o risco de dar um tiro fatal para a industria da música ao vivo e aos aproximadamente 400 mil trabalhadores que correm o risco de ficar um ano sem poder trabalhar", afirmou a produtora.
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