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Ator pornô é preso após fotógrafo morrer em ritual com veneno de sapo

O ator pornô Nacho Vidal, espanhol de 46 anos - Reprodução/Instagram
O ator pornô Nacho Vidal, espanhol de 46 anos Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

04/06/2020 08h28Atualizada em 04/06/2020 13h00

O ator de filmes pornográficos Ignacio Jordá González, mais conhecido como Nacho Vidal, foi preso na Espanha, na investigação da morte de um fotógrafo. Nacho e José Luis Abad teriam participado de um ritual místico em Enguera, em julho de 2019, que consistia em inalar vapores de veneno de sapo, segundo o jornal El Pais.

Nacho, de 46 anos, foi preso na semana passada e negou as acusações: "É tudo mentira", disse ele, de acordo com a rede ABC.

Abad morreu na casa do ator pornô depois de ingerir a substância alucinógena. Ela é usada, supostamente, para fins recreativos e para ajudar no combate a vícios.

Nacho foi detido junto a outras duas pessoas: sua prima e um assistente. Eles são investigados por homicídio culposo e na sexta-feira lhes foi concedida a liberdade provisória para responder ao processo.

Em comunicado à ABC, Nacho afirmou que vê como normal ser investigado "pela morte de uma pessoa em minha casa".

"Mas que isso se torne uma notícia rasteira, usando fotos da Guarda Civil e com mentiras, não. Não vou deixar que isso se transforme em um circo. Há uma família sofrendo por trás disso", afirmou o ator.

O sapo bufo alvarius - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Substância alucinógena

Advogado do ator pornô, Daniel Salvador afirmou que a "lamentável morte foi acidental". Ele negou que Nacho tenha sido anfitrião de um ritual xamã com um sapo Bufo alvarius.

O anfíbio também é conhecido como sapo do Deserto de Sonora, encontrado no México e Estados Unidos. Sua toxina contém 5-MeO-DMT, um forte psicodélico, conhecido por seu uso em diversos tipos de rituais.

"Cremos integralmente em sua inocência, mas é normal que seja investigado. Agora ele está bem, não teve seu passaporte detido e não precisará se apresentar novamente antes de ser julgado.

Segundo o advogado, José já havia experimentado a substância alucinógena e "queria voltar a fazê-lo em um ambiente em que se sentisse cômodo".

Investigação

A investigação começou após José morrer no que parecia ser um infarto.

A Guarda Civil espanhola informou que "com o término de uma investigação de 11 meses, pode-se constatar a existência de um delito de homicídio por imprudência e um delito contra a saúde pública, supostamente cometidos por quem organizou e dirigiu o ritual".

Este ritual teria sido filmado com o celular do fotógrafo, o que virou uma das provas principais do caso.