Angelina Jolie teme por aumento da violência contra crianças na pandemia
A atriz Angelina Jolie assinou um editorial sobre a situação das crianças e suas vulnerabilidades em meio à pandemia do novo coronavírus no mundo. "Eles [crianças] podem não ser tão suscetíveis ao vírus quanto outros grupos, mas são especialmente vulneráveis a muitos dos impactos secundários da pandemia na sociedade", escreveu a atriz.
No texto publicado na Time, Angelina trouxe dados sobre o número de crianças expostas à violência e o número de mulheres mortas por dia em todo o mundo e alertou: "Nunca saberemos em quantos desses casos há uma criança na próxima sala — ou na própria sala".
A atriz ressaltou que isolar a vítima da família e dos amigos é uma prática comum realizada pelos agressores. Com isso, o distanciamento social colabora para ter mais violência doméstica e assassinatos e pode "alimentar um aumento direto no trauma e no sofrimento de crianças vulneráveis".
Angelina completou dizendo que com os bloqueios realizados pelos governos, as crianças são privadas das suas redes de apoio nas escolas que as ajudam a lidar com esse tipo de violência e servem como "fuga de seu ambiente abusivo".
"Para muitos estudantes, as escolas são uma fonte de oportunidades e um escudo, oferecendo proteção — ou pelo menos uma suspensão temporária — da violência, exploração e outras circunstâncias difíceis, incluindo exploração sexual, casamento forçado e trabalho infantil".
No editorial, Angelina ainda questiona o que as pessoas estão fazendo para proteger as crianças e alerta para que a sociedade observe "os sinais de estresse e violência doméstica" e saber quais órgãos procurar nessas situações.
A atriz ainda finalizou: "costuma-se dizer que é preciso uma vila para criar um filho. Será necessário um esforço de todo o país para oferecer às crianças a proteção e os cuidados que merecem".
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