HTGAWM: Atores celebram êxito de casal gay e falam de lições de Viola Davis
Hoje, os fãs de "How To Get Away With Murder" começam a se preparar para a despedida.
A série protagonizada por Viola Davis, que se tornou um fenômeno internacional, retorna hoje (2) nos Estados Unidos para a segunda metade de sua última temporada. How To Get Away With Murder é exibida no Brasil pelo canal AXN e pela Netflix, mas os próximos sete episódios finais ainda não têm data de estreia prevista no Brasil.
Até chegar em sua sexta e derradeira temporada, foram muitas intrigas, romances e, claro, assassinatos. Nesse emaranhado de conflitos, um dos destaques do seriado foi o casal formado por Connor (Jack Falahee) e Oliver (Conrad Ricamora), que ganharam cada vez mais espaço por causa da ótima repercussão junto ao público.
Em conversa com o UOL, ambos os atores confessam que foi difícil se despedir do seriado, mas se mostram gratos por terem passado pela experiência.
"É muito difícil, somos família a essa altura. Nos amamos tanto, depois de seis anos passamos por muitos altos e baixos. É triste que não vamos mais trabalhar juntos, mas ganhei amigos para a vida", emociona-se Ricamora.
Originalmente, Ricamora deveria ser só uma participação especial na série, mas o autor Peter Nowalk —um dos nomes de confiança de Shonda Rhimes— gostou tanto da química entre os dois, que os transformou em casal, uma união que ajudou a mudar a discussão sobre representatividade LGBTQ+ na televisão, como lembra Falahee:
No meu privilégio branco e heteronormativo, eu não entendi imediatamente o que significaria para os espectadores verem um casal queer, interracional, onde um dos dois têm HIV. Isso se conecta com as pessoas, é a vida real. A TV precisa ter mais representatividade.
Ricamora complementa:
Acho que ter um casal interracial fala muito sobre o que os Estados Unidos são. As pessoas estavam prontas para ver isso. Eu recebo cartas o tempo todo falando que ver o Connor e Oliver ajudou muita gente a se assumir para seus familiares, amigos, viver suas verdades. Isso vai além de contar uma história, é permitir as pessoas viverem com mais autenticidade. Não tem preço
Mas, apesar do sucesso, Jack Falahee diz que ainda não tem uma noção completa do real impacto do seriado.
"Eu acho que em 10, 15 anos vou olhar para trás e talvez se tiver um filho queer, ou quando o mundo estiver aceitando todas as pessoas LGBTQ+, talvez eu entenda que isso foi uma parte do quebra-cabeça da igualdade. Mas hoje ainda estou lendo sobre atrocidades que acontecem ao redor do mundo", opina ele.
Lições no set
No seriado produzido pela Shondaland, produtora de Shonda Rhimes, dos sucessos "Grey's Anatomy" e "Scandal", Viola Davis é Annalise Keating, uma professora de direito feroz, que vai até os limites para defender seus clientes, e que acaba envolvendo a si e a seus protegidos em uma rede de conspirações.
Uma das mais renomadas atrizes de suas geração —com um Oscar, um Globo de Ouro, um Emmy e um Bafta na estante—, Viola não ensinou apenas seus alunos na série, mas também seus colegas de elenco.
"Atuando com Viola Davis eu aprendi que você se basta como ser humano. Você não precisa colocar nada na sua performance, você precisa deixar o público entrar no seu coração, na sua alma. É simples, mas tão difícil. É uma aula toda vez, ela tem essa habilidade de ser tão profunda, tão rápido, de te deixar entrar", elogia Conrad.
Já Jack relembra um conselho mais singelo:
Isso vai soar ridículo. Aprendi tanto sobre atuação, sobre se devotar a um projeto, que não preciso falar. Mas uma coisa engraçada que ela me ensinou: ela estava comendo amêndoas com molho picante. Ela falou: 'Isso vai mudar sua vida'. Agora quase todos os dias eu como amêndoas com molho picante. Então obrigado, Viola Davis!
E depois da série?
Jack Falahee fundou uma banda, a Diplomacy, com a qual ele seguirá, mas manteve segredo em relação a seus projetos em atuação. Conrad Ricamora, que atuou em séries como "Immaculate" e "Mental", está no elenco do curta-metragem "Raising Christopher".
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