Stephen King polemiza e diz que qualidade tem mais valor do que diversidade
A Academia voltou a ser criticada pela ausência de mulheres indicadas ao prêmio de "Melhor Diretor", e a falta de nomes negros, como a elogiada Lupita Nyong'o, também incomodou muitos fãs de cinema. O renomado autor Stephen King polemizou ao mostrar um ponto de vista diferente hoje.
"Como um escritor, eu posso ser indicado em apenas três categorias: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, e Melhor Roteiro Original. Para mim, o problema da diversidade - da forma que se aplica aos atores e diretores individualmente - não surgiu. Dito isto, eu nunca consideraria a diversidade quando o assunto é arte. Somente a qualidade. Para mim, fazer o contrário é errado", escreveu.
Angie Thomas, autora de "O Ódio Que Você Semeia", questionou o colega de profissão: "E quem determina o que é qualidade?".
A publicação feita por King no Twitter provocou mais de 7 mil respostas, dentre mensagens de apoio, críticas ou questionamento. Uma fã escreveu: "Com todo respeito, eu acho que isso é injusto. Quando filmes criados por pessoas de cor são constantemente ignorados por instituições que são predominantemente formadas por homens brancos, há uma parcialidade explícita."
"Como sua fã, é doloroso ler isso vindo de você. Isso implica que diversidade e qualidade não podem ser simultâneas. Estes não são conceitos separados. Qualidade está em todo lugar, mas a maioria das indústrias só acredita na qualidade de uma parcela da população", respondeu outra.
A escritora brasileira Bel Rodrigues obteve quase 5 mil curtidas com a seguinte mensagem: "É fácil considerar só a qualidade quando você consegue se ver em todos os trabalhos de arte que existem."
Três horas depois de seus tuítes originais, Stephen King suavizou seu posicionamento e deu razão a alguns dos argumentos levantados pelos críticos. "A coisa mais importante que podemos fazer como artistas e pessoas criativas é garantir que todos tenham as mesmas chances, independentemente de sexo, cor ou orientação sexual", escreveu o autor.
"Neste momento, estas pessoas estão muito mal representadas, e não apenas nas artes. Ninguém consegue ganhar prêmios se estiver excluído do jogo", completou Stephen King.
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