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CCXP 2019: Fábio Assunção critica segregação racial por meio das drogas

Painel da Globoplay com Fábio Assunção - Leonardo Rodrigues/UOL
Painel da Globoplay com Fábio Assunção Imagem: Leonardo Rodrigues/UOL

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

06/12/2019 15h42

O painel do Globoplay na CCXP 2019, que tratou das novas séries da plataforma, trouxe ares políticos ao evento, especialmente na sessão dedicada a Onde Está Meu Coração, em que Fábio Assunção vive, ao lado de Mariana Lima, um casal de médicos com uma filha viciada em crack (Letícia Colin).

Primeiramente, Assunção, que conhece bem o drama do vício em drogas, fez um discurso sobre a importância de levar o tema "à mesa da família brasileira". "Tenho a oportunidade de tratar de algo que faz parte da minha vida na forma de dramaturgia, não da minha imagem roubada, mas de forma legítima. Conheci vários lados dessa história", afirmou.

"A série fala da questão do afeto e da família. A droga não pertence à classe negra e pobre da periferia. Droga não pode ser instrumento de de segregação racial e social. Porque hoje ela é encarada assim (...) Eu me emocionei em todas as cenas."

A série tem cenas rodadas em São Paulo, inclusive na chamada Cracolândia, com momentos em que Colin, que não pôde comparecer à CCXP, foi confundida por moradores de rua com uma real viciada. Mas, segundo o diretor George Moura, a questão não é demonizar as drogas, mas humanizar as relações.

"Não acreditamos que a solução para o país seja portar armas, mas portar livros. Eles passarão, nós passarinho. Ninguém solta a mão de ninguém", disse Moura, aplaudido de pé pelo público, que emendou o grito de "Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*". O apresentador Fernando Caruso entrou na onda e fez graça. "Vocês estão pedindo Anitta?", brincou.

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