Roger, do Ultraje a Rigor, ataca a esquerda e nega radicalismo: "Ponderado"
Em participação no Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira (13), o músico Roger Moreira, vocalista do Ultraje a Rigor, seguiu sua linha de ataques à ideologia política de esquerda.
De acordo com ele, a igualdade entre indivíduos proposta por essa linha de pensamento é inviável. "A esquerda tem essa sedução, de que você faz o bem para os pobres. E tem essa sedução de que a direita é o exército, a tortura, não gosta de pobre, é religiosa. E não é bem isso. Existem provas de que o capitalismo foi o sistema que mais tirou gente da pobreza, embora não seja perfeito. Então, a esquerda tem essa ideia de que todo mundo é igual, mas isso é uma utopia", disse.
Questionado se o tom de suas críticas à esquerda (especialmente nas redes sociais) não contribuiria com discursos da extrema-direita, Roger assumiu: "Acho que contribui e acho necessário neste momento. Por que esteve muito polarizado do outro lado e tem uma série de coisas que deveria ser simples a pessoa entender, mas virou um absurdo por causa do politicamente correto. O que seria óbvio, que o bandido é ruim e a polícia está lá para defender o cidadão, eles [a esquerda] falaram 'o bandido não oferecia risco'. Como sabe que não oferecia? E hoje o bandido não tem mais medo. E se você se dispôs a roubar, está disposto a ser morto [...] Então, precisa radicalizar um pouco para o outro lado agora".
Apesar das críticas ácidas e do posicionamento bem definido, o músico disse que adota a sensatez em suas ideias. "Sou um cara bastante ponderado. Não sou de extrema-direita. Mas a esquerda, principalmente no Brasil que combina ideologia com canalhice e vagabundagem, não funciona aqui. Não funcionaria em lugar nenhum, mas aqui é pior [...] Mas não sou tão radical como pareço nas redes sociais. É que, ali, tenho um espaço limitado. E às vezes você tem que dar o recado".
Bolsonarista? Não muito...
Apesar de defender Jair Bolsonaro em alguns momentos, Roger negou ser da corrente que apoia o atual presidente de forma incondicional. "A gente só tinha essa opção na época [votar em Jair Bolsonaro]. Era isso ou o Lula. Se fosse outro cara, como o Amoêdo [João Amoêdo, candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2018], eu teria votado no Amoêdo. Mas não tinha jeito, a única opção era essa. Acredito muito no Moro, mas não totalmente. Acredito 100% no Paulo Guedes. Se o Bolsonaro errou? Sim, mas faltam três anos de mandato. Vamos querer o que? Tirar ele, depois o Mourão? Não pode, é isso que temos agora", afirmou.
O vocalista completou a análise sobre Bolsonaro afirmando que evita criticá-lo para não se tornar, involuntariamente, um porta-voz da esquerda. "A gente teve uma dificuldade grande de tirar o PT do poder. Aí, agora, vamos comparar os erros dos dois? Eles citam o [Fabrício] Queiroz, mas o lado de lá roubou bilhões, financiou ditaduras pelo mundo inteiro. Então você compara isso com um negócio que também está errado. Claro que vamos criticar, mas daí você pode cair no jogo da esquerda de equilibrar os erros. É uma coisa mais de estratégia, não quer dizer que eu concorde com tudo que o Bolsonaro faça", encerrou.
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