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Vocalista do Biquíni Cavadão brinca com jeito "careta": "Nunca liguei"

Bruno Gouveia fará sessões de autógrafo em São Paulo e no Rio - Divulgação
Bruno Gouveia fará sessões de autógrafo em São Paulo e no Rio Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

12/11/2019 14h11

Bruno Gouveia, vocalista da histórica banda Biquíni Cavadão, fez uma espécie de viagem no tempo e falou sobre sua carreira no grupo de rock criado nos anos 80.

Em entrevista concedida à revista Quem, o cantor também relembrou os altos e baixos da banda e brincou sobre seu lado "careta", característica vista como rara em um rockeiro e que era desconhecida dos fãs, que pensavam que ele usava drogas injetáveis - Bruno revelou ter usado apenas álcool e maconha.

"Corriam boatos de que eu usava camisa de punho fechada para esconder marcas de picadas. Eu também tinha uma postura desengonçada e extremamente agitada no palco, que contribuía para isso. Tinha gente na plateia que me jogava baseado e eu jogava de volta. Até hoje tem gente que me pergunta meio decepcionado: 'Naquele show você não usou nada? Estava tão maluco!'. Nunca liguei para a forma que me viam. Sinto muito se frustrei as pessoas, mas nunca ia fazer algo que não concordava para alegrá-los".

O vocalista também revelou que já teve o dinheiro ganho dos direitos autorais das músicas como única fonte de renda. "No momento de vacas magras, que foi de 96 a 97, essa foi nossa única fonte de recebimento e foi compartilhada. Não era muito dinheiro que entrava, mas a gente conseguia pagar isso e aquilo", disse ele ao veículo.

Para ele, as dificuldades financeiras que passou - e que outros artistas precisam superar - não são conhecidas do público em geral. "As pessoas glamourizam muito a vida de um artista. Sempre digo que quando você consegue um contrato na gravadora, é apenas o primeiro passo de uma escadaria muito grande".

Livro relembra tragédia

Gouveia, que há quase dois meses lançou sua autobiografia denominada "É Impossível Esquecer o Que Vivi", falou à Quem sobre a morte de seu filho de dois anos em um acidente aéreo ocorrido em 2011 - fato que fez ele ter dificuldade para detalhar no livro.

"Não foi um capítulo fácil de escrever, mas achava importante falar sobre isso para as pessoas que já viveram o que eu vivi, ou que venham a viver, saberem que eu tinha buscado lidar com essa perda de uma maneira especial. Poderia ter falado: 'não quero mais fazer nada' e ficar sofrendo pelo futuro que me foi tirado. Mas escolhi continuar".

Hoje, o cantor é casado com Izabella Brant e virou pai novamente, desta vez da pequena Letícia, de 5 anos.