"Não vou deixá-lo triste assinando o Prêmio Camões agora", diz Bolsonaro sobre Chico Buarque
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ironizou hoje a declaração do cantor, compositor e escritor Chico Buarque de que seria uma segunda condecoração a recusa presidencial em assinar o diploma do Prêmio Camões, concedido pelos governos do Brasil e de Portugal.
Na terça-feira (9), o presidente havia sinalizado sua recusa em assinar o diploma ao dizer que tem até dezembro de 2026 (data de um suposto final de segundo mandato) para fazê-lo.
No dia seguinte, Chico Buarque, que é eleitor do PT e um crítico aberto do governo Bolsonaro, postou em seu Instagram que a não assinatura do presidente era um segundo prêmio Camões.
"Ele já falou que a minha não assinatura é um prêmio, então ele está premiado duas vezes", afirmou o presidente no Pacaembu, antes do começo da partida entre Palmeiras e Botafogo pelo Campeonato Brasileiro. "Ele falou que a minha não assinatura é um prêmio, então eu não quero deixá-lo triste assinando agora", acrescentou.
A premiação é a mais importante para escritores que se expressam em português. Chico Buarque foi escolhido vencedor neste ano pelo conjunto da obra. Pelas regras da premiação, os governos brasileiro e português pagam cada um 100 mil euros (o que equivalente a cerca de R$ 450 mil). A parcela do Brasil já foi paga em junho.
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