10 filmes para ficar de olho na briga de A Vida Invisível por uma vaga no Oscar
A corrida ao Oscar 2020 começa a tomar forma. Ontem a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que entrega o prêmio, anunciou quais são os 93 concorrentes na categoria de Melhor Filme Internacional (antiga Melhor Filme Estrangeiro). E A Vida Invisível, representante do Brasil, terá uma disputa pesada na briga por uma vaga entre os finalistas.
Uma pré-lista de indicados será divulgada no fim no ano pela Academia. Os cinco finalistas saem no dia 13 de janeiro. A próxima edição do Oscar acontece no dia 9 de fevereiro de 2020, em Los Angeles.
A Vida Invisível já entrou em cartaz no Nordeste e chega aos cinemas do restante do país em 31 de outubro. E os outros concorrentes ao Oscar? Selecionamos aqui 10 filmes para você ficar de olho.
Parasita (Coreia do Sul)
É por enquanto o favorito ao Oscar de filme internacional. O longa de Bong Joon Ho ganhou a Palma de Ouro em Cannes e uma aclamação quase unânime da imprensa internacional.
Descrito como "um conto de fadas de humor negro", o filme segue duas famílias bem diferentes que se unem de maneira complexa. A pobre família Kim e a rica família Park se cruzam quando os primeiros, cheios da esperteza das ruas, começam a oferecer "serviços de luxo" para os segundos.
A Coreia do Sul nunca teve um filme indicado ao Oscar. E não seria surpresa se Parasita aparecesse em mais de uma categoria.
Dor e Glória (Espanha)
O drama com cores autobiográficas colocou Pedro Almodóvar novamente nos holofotes depois de um período de críticas não muito positivas. No filme, Antonio Banderas é Salvador Mallo, um diretor de cinema em decadência, tanto física quanto na carreira. Quando aparece a chance de se reconciliar com o passado, ele precisa mergulhar nas lembranças de sua infância pobre e da descoberta da sexualidade.
A atuação poderosa de Banderas também está na briga por um indicação, mas a concorrência na categoria de Melhor Ator neste ano é brutal. Almodóvar, como Melhor Diretor, e Penélope Cruz, como Melhor Atriz Coadjuvante, estão com mais chance de serem indicados.
Les Misérables (França)
Vencedor do prêmio do júri do Festival de Cannes, ao lado do brasileiro Bacurau, o filme não é mais uma versão da obra-prima de Victor Hugo. O longa é um drama social que mostra a tensão em um bairro periférico de Paris baseado nos protestos violentos que aconteceram na cidade em 2005.
Rainha de Copas (Dinamarca)
Em cartaz nos cinemas brasileiros, o drama dinamarquês mostra a complexa e perigosa relação entre uma mulher casada e o seu enteado adolescente. O filme ganhou um prêmio do público no último Festival de Sundance.
O Menino que Descobriu o Vento (Reino Unido)
A estreia do ator Chiwetel Ejiofor na direção de longas-metragens já está disponível na Netflix. Falado em nyanja e em inglês, o filme conta a história de William Kamkuamb, que na adolescência foi autodidata para criar um sistema de energia eólica que salvou a sua aldeia no Malawi da fome.
O Tradutor (Cuba)
Rodrigo Santoro é Malin, um professor universitário de literatura russa, que vê sua vida ser transformada ao ser designado como intérprete na ala infantil de um hospital cubano. Sua missão é ajudar na comunicação entre os médicos e crianças vítimas do acidente nuclear de Chernobyl que acabam de chegar a Havana.
O Tradutor conta a história real dos pais dos dois diretores, os cubano-canadenses Rodrigo e Sebastián Barriuso. O longa, exibido na última edição do Festival de Sundance, estreou nos cinemas brasileiros em 4 de abril.
O Traidor (Itália)
O filme é uma coprodução entre Itália, Brasil, França e Alemanha, e foi parcialmente bancado pela produtora nacional Gullane. O longa de Marco Bellocchio tem mais DNA brasileiro: a atriz Maria Fernanda Cândido está no elenco, interpretando a mulher do mafioso Tommaso Buscetta (Perfrancesco Favino), o primeiro a se tornar informante no caso de polícia que derrubou a Cosa Nostra.
Buscetta viveu no Brasil por um período, quando conheceu Maria Cristina de Almeida Guimarães, papel de Cândido.
Monos (Colômbia)
Em uma montanha isolada na América Latina, um grupo de 8 crianças com treinamento paramilitar mantém uma mulher como refém. O drama teve boa recepção no último Festival de Sundance, ganhando o prêmio da crítica.
Dylda (Rússia)
Kantemir Balagov ganhou o prêmio de direção da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes (a mesma que deu para A Vida Invisível o seu principal prêmio) por este filme que mostra a luta de duas mulheres em 1945 para reconstruir suas vidas na Leningrado devastada pela Segunda Guerra Mundial.
Atlantique (Senegal)
Mati Diop se tornou a primeira diretora negra a ganhar o Grand Prix em Cannes, o segundo prêmio mais importante do festival, por esta história de amor com toques sobrenaturais que se passa no subúrbio de Dacar.
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