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Roberto Medina compara Rio com Nova York e diz que falta "mágica" na cidade

Presidente do Rock in Rio, Roberto Medina conversoa com jornalistas - JORGE HELY/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Presidente do Rock in Rio, Roberto Medina conversoa com jornalistas Imagem: JORGE HELY/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Renata Nogueira

Do UOL, no Rio

29/09/2019 18h29

O presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, recebeu hoje a imprensa ao lado do governador do Estado Wilson Witzel, e do secretário de Educação, Pedro Fernandes, para fazer um balanço sobre a edição 2019 do festival.

Medina aproveitou a reunião com as autoridades para apontar possíveis soluções para a situação caótica da cidade, que ao mesmo tempo em que sedia um dos maiores festivais de música do mundo passa por uma grave crise de segurança pública, marcada pela recente morte de Agatha Félix, criança de 8 anos baleada no último dia 20 no Complexo do Alemão.

Medina falou de um panorama geral com o pessimismo em relação à cidade. "A gente está com o sentimento no Brasil de vira-lata. Mas eu sou um vira-lata sonhador. Porque eu acredito que a gente vá dar uma volta nisso tudo, a gente está começando a dar uma volta nisso tudo, e eu ouvi do governador que somos a segunda capital menos violenta do Brasil", disse o presidente do Rock in Rio.

"É incrível, porque a sensação que nós cariocas temos é de que essa cidade está sendo incendiada, mas não é verdade. Eu faço sempre um paralelo com Nova York que é uma cidade que eu amo. E Nova York é suja, barulhenta, os mendigos estão dormindo na rua, é rabiscada. Mas sabe o que eles têm? Mágica. Mágica que podemos trazer para o Rio de Janeiro de volta. Porque a gente já teve isso."

Após fazer o paralelo com a cidade americana, o empresário ressaltou a importância do festival para mudar a clima da cidade e pediu um basta à imagem ruim do Rio de Janeiro.

"Chega de bater tanto no Rio de Janeiro. Vamos colocar as coisas boas que acontecem diariamente, os sonhos. Vamos parar com isso e aproveitar. Estamos nesse momento colocando R$ 1,7 bilhão nessa cidade com os hotéis cheios, não tem voo para atender a demanda. O transporte que está deficitário está ganhando dinheiro. Isso é o coração do Rio de Janeiro. Gostem ou não isso aqui é a cara do Brasil. Se o Rio vai mal, o Brasil vai mal. Com todo respeito a São Paulo não se fala lá fora de São Paulo. O Rio é que marca o passo e marca a bandeira do Brasil. Nós somos únicos. O nosso Maracanã, o nosso Rock in Rio, o nosso Carnaval".

De sua parte, Medina prometeu trazer cada vez mais jovens carentes para dentro do seu festival, que neste ano comercializou ingressos a R$ 495, e também levar as atrações para locais carentes.