Academia Brasileira de Letras condena censura na Bienal do Rio
A ABL (Academia Brasileira de Letras) divulgou ontem uma nota em que condena o episódio de censura ocorrido na Bienal do Livro no Rio.
No comunicado, a ABL reafirmou sua defesa da liberdade de expressão e da livre circulação de ideias, que "constituem valores fundamentais de uma República democrática".
"Em boa hora, o Supremo Tribunal Federal cassou a permissão para que livros e revistas fossem recolhidos nos estandes da feira literária", diz a nota.
Na última quinta-feira, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, postou um vídeo nas redes em que informava ter determinado o recolhimento dos exemplares da obra "Vingadores, a cruzada das crianças", à venda no evento. Ele justificou que o livro traz "conteúdo sexual para menores" e que a iniciativa da prefeitura visa "proteger as crianças".
Fiscais estiveram na feira e teve início uma disputa judicial. No sábado, o Tribunal de Justiça do Rio permitiu o recolhimento dos livros, mas a decisão foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no dia seguinte. Houve vários protestos contra a medida do prefeito.
Leia a nota completa divulgada pela ABL:
A Academia Brasileira de Letras condena de modo frontal a censura de obras literárias. A situação agravou-se com a presença de fiscais na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, à caça de obras consideradas "inadequadas" por autoridade constituída.
Em boa hora, o Supremo Tribunal Federal cassou a permissão para que livros e revistas fossem recolhidos nos estandes da feira literária.
A Academia Brasileira de Letras reafirma sua defesa da liberdade de expressão e da livre circulação de ideias, que constituem valores fundamentais de uma República democrática.
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