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Wagner Moura vence ação de R$ 80 mil por danos morais contra Reinaldo Azevedo

O ator Wagner Moura no Festival de Berlim, em fevereiro - Hannibal Hanschke/Reuters
O ator Wagner Moura no Festival de Berlim, em fevereiro Imagem: Hannibal Hanschke/Reuters

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

27/06/2019 23h00

O ator Wagner Moura ganhou hoje uma ação indenizatória na Justiça contra o jornalista Reinaldo Azevedo e a editora Abril.

A sentença é baseada em um processo de danos morais movido pelo ator por uma matéria, intitulada "Wagner Moura, o 'aclamado' do nariz marrom, levou um R$ 1,5 milhão do Ministério da Cultura", assinada por Azevedo e publicada pela revista Veja em março de 2016.

Pela decisão da juíza Juliana Leal de Melo, da 9ª Vara Cível do Rio, tanto o jornalista quanto a editora Abril foram condenados a pagar R$ 80 mil ao ator, que inicialmente havia pedido uma indenização de R$ 150 mil.

Além disso, a Justiça determinou que a editora Abril retire do ar em até cinco dias a reportagem ainda disponível no site da Veja sob a pena de R$ 10 mil de multa.

Moura alega em sua defesa "que nunca recebeu um centavo da Lei Rouanet e que, caso fosse contemplado com tal verba, não estaria praticando qualquer ilicitude".

"Durante a sua carreira somente prestou serviços como empregado para empresas que tiveram projetos contemplados na Lei Rouanet, jamais sendo o autor o proponente".

Procurado pela reportagem, o advogado do ator, Ricardo Brajterman, disse que Moura comemorou ao saber da sentença dada coincidentemente no dia de seu aniversário.

"Ele foi chamado [na reportagem da Veja] de uma fraude moral por ter levado um dinheiro que ele não levou. E mesmo se tivesse sido contemplado, o que não é o caso, isso não poderia ser considerado uma fraude moral", disse Brajterman.

O jornalista Reinaldo Azevedo, que atualmente possui um blog no UOL, disse: "Não comento decisões judiciais que me dizem respeito. Quando é o caso e se acho justo, saio em defesa de terceiros. No caso em questão, cabe recurso."

A decisão é em primeira instância e tanto o jornalista quanto a editora Abril podem recorrer.

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