Sozinho, Suricato lança EP: "Decidi ser minha própria banda"
É a maior encrenca que já arrumei pra minha vida, mas ao mesmo tempo é delicioso.
Um EP lançado, um disco a caminho e o nascimento de um show no formato "banda de um homem só". Rodrigo Suricato soltou na última semana três músicas novas nas plataformas digitais: Na Mão As Flores, Horizonte e Admirável Estranho, esta última que já ganhou clipe.
Diferente de toda a eletricidade que a banda mostrava quando conheceu o grande público, em 2014, como atração do programa "Superstar", nesta nova fase, Suricato vai explorar o folk e blues e maneira mais individual. "Decidi ser minha própria banda. É um processo exaustivo, mas muito prazeroso", disse o compositor, por telefone, ao UOL. "É uma fase de descoberta pessoal onde posso usufruir da individualidade e de uma certa solidão".
As três faixas lançadas são o primeiro "teste" de Suricato, cujo último álbum completo foi Sol-Te (2014). Além de trabalhar com mais individualidade em estúdio, o compositor espera também levar este formato "banda de um homem só" para o palco, onde irá tocar todos os instrumentos, além de cantar e soltar as programações eletrônicas. Inclusive, uma de suas propostas é "fazer folk e eletrônico conviverem".
"Como vou estar sozinho no palco estou desenvolvendo esse formato 'one man band' faz uns quatro anos. É uma coisa quase olímpica. Tenho que estar em sincronia com tudo o que estou fazendo. Tenho que estar muito inteiro no palco", afirmou. Suricato ainda quer fazer algo que seja moderno e que fuja da "caricatura do músico sozinho no palco com copo de uísque e calça rasgada".
"Queria fugir do clichê, da caricatura. Queria usar essa transformação do blues e do folk para coisas mais contemporâneas. Minha preocupação é que essa performance fique condizente com esse momento". Dando os primeiros passos nessa "encrenca" que arrumou, Rodrigo Suricato lançou suas primeiras três músicas, se prepara para soltar o álbum completo em julho e um show "banda de um homem só".
Veja o que Suricato falou das novas três faixas:
Admirável Estranho - "A primeira canção que escrevi depois de Sol-Te (2014) e a primeira a ser lançada com single e clipe. Faz parte dessa estética que quero com esse trabalho de trazer um folk um pouco mais moderno."
Na Mão As Flores - "Será o nome do disco. Uma das canções mais densas desse trabalho. E traz uma frase que eu gosto muito e acho que sintetiza muito esse momento: "O pior de mim está na mão que trago flores para você". É esse processo de autoaceitação, valorização do que você tem de melhor e compreensão de seus defeitos, sabe? Para andar com a vida e você se tornar uma pessoa melhor pra você e para os outros."
Horizonte - "O que me inspirou foi uma entrevista que vi com o escritor uruguaio Eduardo Galeano, onde ele fala sobre a importância das utopias. O mundo é tão cruel e a realidade está tão estampada na nossa cara que fica difícil recuperar sua fé e acreditar. Ele relata esse processo e diz que a "utopia é como horizonte". A gente caminha dez passos e ele se afasta dez passos. A moral da história é pra gente nunca parar de caminhar. O papel das utopias é o mesmo do horizonte: manter a gente em movimento e acreditando. Acredito muito no que faço."
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