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Karol Conka fala sobre a fama: "Não me misturo muito, sou nojinho mesmo"

Karol Conká  no Women"s Music Event - Anna Mascarenhas/ UOL
Karol Conká no Women's Music Event Imagem: Anna Mascarenhas/ UOL

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

11/06/2019 07h50

Karol Conka falou de seu jeito de ser no Eletrogordo de ontem. No programa apresentado por João Gordo no Canal Brasil, a cantora garante não ter deixado a fama subir à cabeça.

"Procuro viver com o pezinho no chão. Tem gente que confunde humildade com burrice, acha que a gente tem que aguentar palhaçada. Viro as costas e saio. Uma coisa que aprendi ficando famosa é que não tem o que você faça, se a pessoa quer te difamar, ela vai", conta.

Ser "arroz de festa" não faz parte de seu perfil. "O artista tem essa carência, essa vontade de chamar a atenção, a atenção no meu show já está bom. Não vou em qualquer rolê. Eu não me misturo muito, sou um pouco nojinho mesmo", brinca.

Ela revela já ter negado propostas por achar que ia contra seu estilo. "Já aconteceu de eu estar em um trabalho e o produtor tentar exigir que eu fizesse uma canção chula, que não vai te passar nada, nem a vontade de mexer a bunda. A cópia da cópia, a reciclagem de uma cópia que é um clichê. Já tive essas situações de negar trabalhos e dizer 'não vou fazer', ou participações chulas que não tem a ver com a minha maneira de ser".

Karol procura se manter fiel às origens no rap. "Embora meu som hoje seja mais pop, ele carrega muito do meu conceito. Já estive em situações beirando o pop pop do pop, de assinar contratos que possam te dar um financeiro legal, mas você não vai conseguir deitar com a cabeça no travesseiro. Hoje estou na Sony, gravadora que me identifico. Fui atrás deles porque sabia que ali poderia ser o que queria", explica.

E de onde vem a inspiração das letras que compõe? "Me inspiro muito no dia a dia, nas pessoas. Quase não me inspiro em artistas, tento ser o mais autêntica possível. Paro, penso no que quero falar e escrevo".

Os palcos não são o bastante. "Quero ser atriz, também quero dublar filmes e desenhos, acho incrível", vibra. Com participação no filme "Jonas" e na segunda temporada da série "Carcereiros", da Globo, ela conta uma situação inusitada, sem revelar se aconteceu no set ou gravando clipe. "Já fiz um trabalho com uma pessoa, um vídeo, e a pessoa ficou 'animadinha'", diverte-se, ao ser questionada se existe beijo técnico.