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Diretor de "Godzilla II" usou tartaruga de estimação em seu 1º filme de monstro

Michael Dougherty posa para fotos em estreia de "Godzilla" em Hollywood - Frazer Harrison/Getty Images
Michael Dougherty posa para fotos em estreia de "Godzilla" em Hollywood Imagem: Frazer Harrison/Getty Images

Colaboração para o UOL, em Atlanta (EUA)

04/06/2019 04h00

Michael Dougherty, diretor de "Godzilla II - Rei dos Monstros", que estreou na última semana, já estava ensaiando comandar um filme como este há muitos anos, como ele mesmo contou ao atender a imprensa nos Estados Unidos. Na verdade, seu primeiro filme, registrado de maneira amadora com a câmera da família, foi justamente inspirado no monstro japonês.

Eu cresci com o personagem. Tudo o que fiz na vida foi assistir filmes de terror e Godzilla.

"Minha primeira tentativa de fazer um filme foi com uma Betamax camcorder da minha família. Eu peguei minha tartaruga de estimação e fiz ela destruir um cenário que montei com bonecos de Star Wars e carrinhos do Hot Wheels", disse ele, arrancando risos dos jornalistas. "Tudo isso enquanto eu tocava uma música simultaneamente. Esse foi minha primeira tentativa de fazer um filme de monstros".

Assista ao trailer de "Godzilla II: Rei dos Monstros"

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Décadas mais tarde, Dougherty está no comando de um dos filmes do MonsterVerse, nome batizado pela Warner para sua franquia sobre monstros gigantes despertando na Terra que começou com "Godzilla" (2014), continuou com "Kong: Ilha da Caveira" (2017), e vai culminar em "Godzilla vs. Kong", no ano que vem.

Godzilla quase poético

Questionado sobre o porquê do interesse contínuo do público por monstros gigantes e cheios de mitologia, o cineasta faz uma análise e se coloca dentro desta equação que gera tanto fascínio até hoje.

"Superficialmente falando, muitas crianças são obcecadas com dinossauros e o Godzilla é uma extensão natural deles. Mas ele carrega uma alegoria, ele representa nossos pesadelos coletivos e toda nossa culpa que carregamos de como tratamos a natureza", disse.

"Os japoneses não criaram só um filme sobre um monstro destruindo prédios. Eles fizeram uma história para mostrar como ele se sentiam após ver duas bombas atômicas caindo sobre eles. É quase poético e tem muito significado. O primeiro filme é quase lúgubre, só depois nas outras versões e séries que ele passou a ser mais divertido".