"Godzilla II - Rei dos Monstros" é filme confuso e incoerente à espera de King Kong
"Godzilla II - Rei dos Monstros", que estreia hoje, jogou no mesmo balaio Godzilla, King Ghidorah, Rodan e Mothra numa batalha global para a escolha do novo rei do pedaço. O resultado é um filme confuso que não deixa espaço para uma história minimamente coerente e priva os espectadores de uma explicação mais aprofundada sobre esses gigantes da cultura japonesa.
Este é o terceiro filme da nova franquia da Warner, batizada de "MonsterVerse", que reunirá sob o mesmo guarda-chuva os grandes monstros do cinema.
A história de "Godzilla II - Rei dos Monstros", portanto, sucede os acontecimentos de "Godzilla" (2014) e "Kong: A Ilha da Caveira" (2017), deixando brechas na história que serão preenchidas pelo próximo lançamento "Godzilla Vs. Kong", previsto para estrear em 2020.
Titãs
No filme, os monstros gigantes que dominaram o mundo no passado são chamados de Titãs. A explicação para o retorno deles tem a ver com o fato de a humanidade não estar cuidando bem do planeta e quando há um desalinhamento da natureza, eles retornam para colocar as coisas no lugar.
Quer dizer, na história, os monstrões não são os vilões. Nós é que somos, exceto por King Ghidorah, que veio do espaço e quer destruir a Terra.
Além dos quatro grandes monstros citado acima, o filme mostra ainda outros dois menores que parecem aranhas gigantes e cita King Kong como um dos titãs do planeta. O filme cita ainda, pelo menos, outras 17 criaturas em hibernação, que poderiam ser reveladas em histórias futuras.
No enredo, Emma Russell (Vera Farmiga) e sua filha Madison (Millie Bobby Brown) estão tentando superar o trauma da destruição causada por Godzilla no passado. Emma, que trabalha para a empresa Monarca, desenvolve um equipamento sonoro que controla os humores dos Titãs, podendo deixá-los mais calmos ou mais agressivos.
O equipamento, no entanto, é roubado por uma misteriosa entidade liderada por Jonah Alan (Charles Dance), que quer usar o aparelho para despertar todas as criaturas do mundo e restaurar a harmonia na Terra.
A partir daí, o filme é uma sucessão de cenas de destruição e batalhas sem espaço para qualquer coerência. Os diálogos são sofríveis e banais, misturados a um drama familiar entre Emma, Madison e seu pai Mark (Kyle Chandler), que não apoia o trabalho da ex-mulher.
Novo rei
Mas há um ponto positivo. Os efeitos especiais são realmente impressionantes e as cenas de batalhas são convincentes. Se tem uma coisa que todo fã de filmes de kaiju gosta de ver é briga e destruição em grandes cidades. E isso não falta em "Godzilla II".
Sobre os monstrões, exceto por King Ghidorah (uma assustadora hidra alada) e por Godzilla, o visual dos outros kaijus é risível. Mothra está longe de parecer com a temível e assustadora mariposa japonesa, lembrando mais uma fofinha borboleta. Rodan, por sua vez, em nada lembra um pterossauro gigante, mais parecendo uma águia anabolizada.
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