Nem chuva forte afasta público no domingo da Virada Cultural
A chuva que atingiu o centro de São Paulo não afastou o público que ocupava as ruas da cidade para curtir as últimas horas da Virada Cultural. Os shows de Anitta, Tiago Abravanel, Maria Rita e Grande Encontro, entre outros, ficaram lotados.
A prefeitura ainda não divulgou os números desta edição, mas aparentemente o público estava menor do que nos anos anteriores, facilitando o deslocamento entre os palcos e também pelo metrô.
As atrações escolhidas para o Vale do Anhangabaú ajudaram a manter o clima tranquilo no local, que tem um dos maiores palcos da Virada Cultural. Desde o show de Aline Barros, às 9h, passando por Anitta, Anavitória e encerrando com Lucas Lucco, o que se via na região era um público jovem que acordou cedo para ir à Virada e famílias com crianças.
A reportagem acompanhou muitas pessoas que curtiram a madrugada e realmente "viraram" na festa indo embora de metrô perto das 11h da manhã, na estação São Bento, que tem uma de suas saídas direto no vale. Sinal de que a maior parte do público se renovou para o domingo. Por ali, o policiamento também era ostensivo, com várias viaturas da Guarda Civil estacionadas no entorno. A área do palco contou com reforço de seguranças particulares para evitar intrusos na área de produção e de imprensa.
Na avenida Paulista, que ficou fechada para a Virada, o clima era semelhante aos domingos tradicionais, com muita gente na rua, bicicletas e brincadeiras. O destaque ficou por conta do Masp, que estava com entrada grátis e com uma exibição da Tarsila do Amaral. Assim como ontem, a fila no local esteve pequena durante todo o dia, com espera de apenas dez minutos.
Circulação facilitada
A paulistana Mariana Porto Lopes, 27 anos, que estava acompanhada de um amigo de Brasília, afirmou que não teve dificuldades em andar pelo centro. "Achei mais tranquilo do que no ano passado. Senti uma energia boa. Não fiquei com medo de andar sozinha", disse.
A única reclamação de Mariana foi a falta de informação, como totens com mapas ou folhetos. "Peguei uma lista imensa de atrações, mas fiquei perdida", disse.
As amigas paulistanas Patcha Pietro Belli, 35 anos, Fernanda Ferrari, 34 anos, também acharam o centro mais vazio. Elas estavam no Largo de São Bento aguardando o show de Emicida. "Ontem à noite eu não vim porque fiquei com medo de confusão. Mas depois meus amigos falaram que estava tranquilo e decidi vir também. Não está aquela aglomeração do ano passado", disse Patcha.
Fernanda elogiou as traduções simultâneas em Libras feitas no palco, uma iniciativa que vem ocorrendo em diversos shows de São Paulo. "Achei muito legal como eles são expressivos e conseguem passar toda a emoção da música", contou Fernanda sobre os intérpretes.
Quintal de casa
A Virada atraiu também fãs de sertanejo e muitas famílias que levaram seus filhos para se divertir nas ruas.
Fã de Lucas Lucco, que encerra a programação do palco Plural - Anhangabaú hoje, Mariana Cardoso chegou às 21h30 de ontem para garantir um lugar próximo ao ídolo. "Trouxe uns salgadinhos para comer. No banheiro não fui ainda, não estou bebendo quase nada. Mas por ele vale a pena, eu amo ele", explicou. A fã estava acompanhada da mãe, e as duas disseram que virar a madrugada em um dos pontos mais concorridos da Virada Cultural de São Paulo foi tranquilo. "Foi de boa, sem bagunça."
Moradora do centro de São Paulo e atualmente desempregada, Carla Castro aproveitou a Virada Cultural para levar as duas filhas pequenas, Valentina, 8 anos, e Catarina, 6, para alguns shows no Anhangabaú. "Elas gostam da Anitta. A mamãe veio ver Anavitória. Ontem viemos também para o show do Caetano." Frequentadora da Virada há anos, ela aprovou o clima do quintal de casa. "Está bem legal. Não vi nada de violência, nada de tumulto, foi tranquilo. No show da Anitta ficamos bem na frente, aí é um pouquinho apertado, o que é normal, mas foi tranquilo", garantiu.
Carla ainda elogiou a organização. "Todo ano a gente passeia e vai aos shows que acontecem aqui por perto. Neste ano foi melhor, porque a programação estava mais eclética do que as dos outros anos. Tem um palco em frente de casa, ali no Copan, e aproveitamos cada horário em um canto. Aqui na Anitta chegamos já tinha até começado, mas fomos andando devagarinho e conseguimos chegar bem perto."
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