Sophie Turner diz que não se importa de Kit Harington ganhar mais por "GoT"
Sophie Turner (Sansa Stark) confessou à revista "Harper's Bazaar" que seu colega de elenco em "Game of Thrones", Kit Harington (Jon Snow), ganha mais do que ela pelo trabalho na série. A atriz explicou, no entanto, porque este não é um daqueles casos de injustiça salarial motivada pelo machismo.
"Discussões sobre igualdade de salário entre homens e mulheres são um pouco complicadas. Kit ganha mais dinheiro que eu, mas a sua storyline é maior. Para a última temporada, ele filmou à noite umas 70 vezes, e eu não precisei fazer tudo isso", esclareceu.
"Quando eu fiquei sabendo, pensei: 'Quer saber? Esse dinheiro é seu'. O importante é que conversas sobre igualdade salarial continuem acontecendo, porque agora os executivos estão mais dispostos a ouvir alguém dizendo que quer ser pago de forma justa", completou.
Vale lembrar que Harington faz parte do grupo de atores que é considerado "central" no elenco de "Game of Thrones". Ao lado de Emilia Clarke (Daenerys), Lena Headey (Cersei), Peter Dinklage (Tyrion) e Nikolaj Coster-Waldau (Jaime), estima-se que ele embolse até US$ 1 milhão por episódio.
Já o salário de outros atores da série, incluindo Turner, Maisie Williams (Arya), Gwendoline Christie (Brienne) e muitos outros, nunca foi oficialmente divulgado.
Na entrevista, a atriz ainda falou sobre suas experiências antes da explosão do movimento Time's Up, que denuncia abusos de poder em várias áreas de trabalho, incluindo Hollywood. "Eu tive momentos na minha carreira em que pensei: 'O que esta pessoa está fazendo não é legal'", relembrou.
"Eu não tive nada tão extremo nem tão horrível quanto os casos de [Harvey] Weinstein", disse ainda. "Quase todo mundo nesta indústria tem algum tipo de história para contar. A gente conversava sobre isso antes, mas ninguém dizia: 'Isso é estranho, alguém precisa denunciar'".
"Eu acho que as pessoas tinham esta ideia de Hollywood como um lugar cheio de glamour, onde algumas coisas aconteciam, mas 'faziam parte do negócio'. Até que as pessoas começaram a olhar para isto de um ponto de vista mais humano, percebendo que era um tipo de abuso", completou.
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