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Documentos revelam detalhes de acusações de Amber Heard contra Johnny Depp

Johnny Depp e Amber Heard foram escalados para o painel da Warner na San Diego Comic-Con 2018 - Kevin Winter/Getty Images/AFP e Chris Delmas/AFP Photo
Johnny Depp e Amber Heard foram escalados para o painel da Warner na San Diego Comic-Con 2018 Imagem: Kevin Winter/Getty Images/AFP e Chris Delmas/AFP Photo

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

03/01/2019 13h38

Pela primeira vez desde 2016, as declarações de Amber Heard e Johnny Depp nas audiências judiciais que resultaram em seu conturbado divórcio foram reveladas em documentos obtidos pelo "The Hollywood Reporter".

Os testemunhos jogam nova luz sobre as acusações de violência doméstica que Heard fez contra Depp. "Johnny e eu nos referimos a sua outra personalidade, à parte dele que está presente quando ele me bate, como 'o monstro'. Há anos usamos este termo. Eu tinha muito medo do monstro", disse a atriz em em uma deposição de agosto daquele ano.

Segundo o relato de Heard, na noite de 21 de maio de 2016, que foi o estopim para o divórcio dos atores, Depp arrancou o celular de sua mão enquanto ela falava com a amiga Tillett Wright, e atirou o aparelho em sua direção, atingindo o seu rosto.

Ela ainda alegou que Depp a segurou pelos cabelos, e que ela gritou por ajuda naquele momento. Depp ainda teria quebrado muitos objetos de vidro no chão do apartamento que eles dividiam, além de ter atirado candelabros e um abajur pelos cômidos.

Foi pouco após o começo da briga, segundo Heard, que sua amiga Raquel Pennington chegou no local. Pennington, que morava por perto, recebeu uma mensagem de Heard pedindo ajuda, e testemunhou frente aos advogados que ouviu Depp gritando dentro do apartamento.

A gritaria fez com que os seguranças do próprio Depp entrassem no local, convencendo-o a ir embora. Pennington testemunhou que tirou "dúzias de fotos" de hematomas e machucados infligidos por Depp em Heard durante o relacionamento dos dois, incluindo na fatídica noite da separação.

Quando perguntada pelos advogados de Depp se já havia, ela mesmo, agredido o então marido, Heard respondeu que "fazia o melhor que podia para se defender" dele. A atriz apontou que Depp é maior e fisicamente mais forte do que ela.

Os documentos também mostram versões conflituosas dos policiais que apareceram no apartamento pouco após a briga do casal. Segundo a oficial de polícia Melissa Saenz, Heard se recusou a dizer o seu nome, de forma que ela não a reconheceu. Além disso, não havia cacos de vidro no chão, e o rosto da atriz não aprentava hematomas.

Heard disse que nao falou com os policiais de forma mais aberta na ocasião por recomendação de seu advogado. Pennington, a amiga da atriz, testemunhou que os policiais viram o dano causado ao apartamento por Depp, e que nada foi limpo antes deles chegarem.

O próprio Depp aparece nos documentos, dizendo em um testemunho que Heard era a pessoa abusiva no relacionamento. Segundo ele, a atriz o deu "dois socos no rosto" na noite de 21 de abril de 2016, quando ele se atrasou para um jantar comemorando o seu aniversário.

Os documentos do divórcio dos atores foram revelados como parte de um processo de Depp contra o jornal inglês "The Sun". O ator acusou o veículo de difamação por chamá-lo de "espancador de mulheres" em uma manchete.