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"Acredito na democracia", diz Djavan após polêmica nas redes sociais

O cantor Djavan - Divulgação
O cantor Djavan Imagem: Divulgação

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

02/01/2019 11h54

O cantor Djavan divulgou na noite de terça-feira (1º), em seu perfil no Twitter, um texto dizendo que acredita na democracia e que é contra qualquer tipo de intolerância. O comunicado é uma resposta a diversos comentários que começaram a circular nas redes sociais após afirmar, em uma entrevista em vídeo, que estava "otimista com o novo governo". 

O posicionamento do cantor causou mal-estar entre internautas, que o chamaram de "bolsominion". No trecho da entrevista, realizada no fim do ano passado, Djavan diz que tem "esperança de que o Brasil vai dar certo. Tudo o que acontece agora aponta para um futuro melhor. A gente não pode garantir, porque o governo ainda não está atuando, está apenas se formando, mas estou esperançoso".

No comunicado, o cantor diz que seu comentário foi descontextualizado e que ele acredita no estado de direito e no futuro do Brasil.

"Dei várias entrevistas onde afirmo minha esperança no futuro do Brasil. Nesses últimos dias, uma revista digital repercutiu um trecho de uma entrevista realizada há quase um mês, descontextualizando o que disse de fato", escreveu o artista. "Como tenho afirmado em todas as entrevistas, sempre serei contra qualquer tipo de intolerância e sou a favor do desarmamento, mensagem transmitida inclusive na música 'Solitude', tema central da pergunta cuja resposta foi distorcida. Eu acredito na democracia, no estado de direito e no futuro do Brasil", completou o cantor.

Em novembro, Djavan conversou com o UOL sobre o lançamento do disco "Vesúvio", e falou sobre racismo no Brasil. Na ocasião, a assessoria do cantor entrou em contato com o UOL depois da publicação da entrevista, explicando que ele se expressou mal ao dizer, no calor do momento, que "racismo é coisa de baixa escolaridade" e pediu para alterar a resposta que ele deu.

Ao UOL, ele também falou sobre política. "Eu tenho esperança e sou otimista de que tudo vai mudar. O Brasil chegou ao pior lugar que poderia chegar. Não pode descer mais do que já desceu. Agora a tendência é melhorar. As coisas tendem a se reconstruir, com valores sendo refundados. Tenho esperança que isso aconteça. Vou torcer por isso", disse na época.