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Em primeira mão: Diretores de "WiFi Ralph" têm ideia para terceiro filme do herói

Diego Assis

Do UOL, em São Paulo

14/12/2018 04h00

Em um descontraído bate-papo no estúdio do UOL na CCXP 2018 (Comic Con Experience), os diretores de "WiFi Ralph - Quebrando a Internet", Rich Moore, Phil Johnston e o brasileiro Renato dos Anjos, toparam o desafio de imaginar como seria uma eventual terceira aventura do herói da Disney.

Depois dos videogames, universo do primeiro longa, e da internet, onde é ambientada a nova aventura, que chega aos cinemas em 3 de janeiro, os animadores gostariam de trazer Ralph "para a São Paulo Comic Con".

"É uma boa ideia! Você teve uma boa ideia!", festejou Rich Moore. "Ele deveria vir para o mundo real", continuou Johnston. "Agora estou imaginando que Ralph entra numa impressora 3D, que é atingida por um raio... E Ralph é impresso em uma versão para o mundo real."

Visivelmente animado com a brincadeira, Moore insistiu: "Eu já cheguei a pensar: 'Como uma coisa que saiu de uma impressora poderia ganhar vida?' E você acertou na mosca. Ele é pego por um raio! Como o robô do filme 'Short Circuit'. Vocês estão ouvindo? Essa ideia vale ouro".

Parceiros em outras animações da Disney, Moore, Johnston e Dos Anjos compararam o trabalho de pesquisa e pré-produção de "Ralph 2" com outros trabalhos anteriores do estúdio, como "Zootopia" e "Frozen".

"Quando produzimos 'Zootopia', fizemos juntos uma grande viagem de campo para a África, ao Quênia, e Renato foi com a gente. Para 'Frozen', eles foram à Noruega para pesquisar. [Em 'Ralph 2'] Nós fizemos algo um pouco diferente agora, não tão empolgante. Nós visitamos muitas fazendas de servidores, que é onde a ação na internet vive. Parece animado, não? São instalações gigantescas, cheias de computadores e fios, a verdadeira representação física da internet", detalhou Moore.

Criados com jogos de fliperama e elementos da cultura pop dos anos 70 e 80, os animadores disseram que na nova aventura usaram referências mais contemporâneas para contar a história do "amadurecimento" da personagem Vanellope.

O que existe em comum com essa geração é o uso desenfreado da internet e dos celulares. "A gente usa demais. Temos relações diferentes de uso, mas é difícil de evitar", diz Moore. 

"Na verdade, é a melhor maneira que eu tenho para saber o que está acontecendo no Brasil, quando preciso saber das coisas em casa", completa Dos Anjos, que vive nos Estados Unidos desde 1997. "Eu gosto de viciar o Renato em jogos de celular. Acho os jogos e falo: 'Ei, Renato, olha este aqui'. E então ele fica viciado pelos próximos seis meses", revela Moore.