"Punho de Ferro" acerta contas com o passado e melhora muito na segunda temporada
Se você sofreu para chegar até o final da primeira temporada de "Punho de Ferro", aqui vai uma boa notícia: o segundo ano da série, que estreia na próxima sexta-feira (7) na Netflix, é muito melhor.
O UOL assistiu aos seis primeiros episódios da nova temporada. Boa parte do misticismo e toda aquela ladainha jurídico-empresarial, que tanto cansaram no primeiro ano da série, ficaram para trás. Agora o que move a história é o velho acerto de contas com o passado.
Na trama, Danny (Finn Jones) deixou o cotidiano da empresa Rand para se dedicar a defender Nova York, promessa que fez a Matt Murdock (Charlie Cox) no final de "Os Defensores", ao mesmo tempo em que tenta se adaptar à vida ao lado de Colleen (Jessica Henwick).
A volta de Davos (Sacha Dhawan) à cidade, o aparecimento da misteriosa Mary Walker (Alice Eve) e uma disputa entre gangues vão quebrar a estabilidade que o Punho de Ferro construiu.
Finn Jones, que treinou por cinco meses para voltar ao personagem, parece muito mais à vontade no papel de Punho de Ferro. Agora o ator entrega as cenas de ação de maneira convincente.
As lutas ganharam um toque de realismo, deixando o malabarismo teatral para o passado. Ponto positivo. E o punho de ferro é usado de maneira criativa, não só para arrombar portas (aliás, Danny só soca uma porta, em momento de estresse). Mais um ponto positivo. Até mesmo o comportamento esquentadinho do protagonista é explicado.
Sem o chororô de riquinho mimado ou a pregação exagerada do bom-mocismo, o Punho de Ferro de 2018 se aproxima mais da humanidade de seus colegas Defensores Matt Murdock e Jessica Jones, caminho também tomado por Luke Cage em sua temporada mais recente.
Humanidade que sobra em Ward Meachum (Tom Pelphrey), o amigo de infância de Danny, talvez o personagem mais complexo de todo o universo das séries da Marvel na Netflix, infelizmente pouco aproveitado nesta temporada.
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O que falta para "Punho de Ferro" chegar ao nível de excelência do primeiro ano de "Demolidor" e das duas temporadas de "Jessica Jones" é um vilão que ou tenha uma justificativa forte para os seus atos, como o Rei do Crime, ou que represente uma ameaça a quem está do lado de cá da tela, como Killgrave.
"Punho de Ferro" até tenta tomar o primeiro caminho ao contar a história de Davos em K'un L'un, mas chega tarde demais. Só força a barra para justificar um egoísmo que vimos desde a primeira temporada.
Mesmo sem esse antagonismo marcante, o segundo ano de "Punho de Ferro" merece uma chance. Até mesmo de quem desistiu no meio da primeira temporada.
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