Por que o filme "Kin" merece ser visto mesmo atirando para todos os lados
ATENÇÃO: Este texto contém spoilers. Não leia se você não quer saber o que acontece no filme.
Você gosta de “O Exterminador do Futuro? e "Stranger Things”? “Duro de Matar” é um dos filmes da sua vida? “Matrix” e o novo “Jogador Nº 1" moram no seu coração? Pois saiba que existe um filme que pode ter sido feito para você, e ele estreia nesta quinta (6) no Brasil.
Dirigido pelos novatos Jonathan e Josh Baker, "Kin" é uma salada nerd com apelo teen e pitadas de ficção científica, temperada pelo molho de James Franco, Zoë Kravitz e Michael B. Jordan, astro de “Pantera Negra", que também produziu (em segredo) o filme.
Antes que os comentários caiam matando, esclarecimento 1: a história não chega perto em qualidade e frescor inovador de alguns dos “parentes” citados acima. Esclarecimento 2: nem por isso você precisa ficar com pé atrás caso tenha a chance de assisti-lo. Repleto de referências estéticas e narrativas, o filme funciona como bom entretenimento.
Entenda abaixo por quê.
Ator revelação
Tramas adolescentes custam a funcionar quando o roteiro foge do óbvio e os protagonistas entregam atuações convincentes e com carisma. Este último é o caso do jovem Myles Truitt, ator teen que interpreta um adolescente adotado chamado Eli Solinski. Ele encontra em um galpão abandonado uma poderosa arma futurista e aos poucos vai descobrindo um segredo. O artefato pertence a um esquadrão em guerra que, entre outros poderes, é capaz de "congelar" o tempo. Olhos em Truitt. Apontado como uma das revelações do ano pela revista “Variety”, ele é o que melhor há em "Kin" em termos de atuação.
Drama familiar
Quem nunca teve um parente problemático, um primo ou irmão que, por alguma razão, tomou um caminho equivocado e se perdeu na vida? Esse assunto, que muitas famílias da vida real preferem ignorar, é central para os personagens de “Kin”. O foco está em Jimmy Solinski (Jack Reynor), irmão de Eli, que sai de uma longo tempo e prisão e precisa arcar com uma dívida “impagável”, sendo perseguido pela gangue de James Franco. Quem não se identificar minimamente com o drama familiar pode estar querendo empurrar sujeira para baixo do tapete.
Ação oitentista
A história de “Kin” é pródiga em ação, com muitos tiros, explosões, perseguições e tensão. A fórmula dos filmes de ação dos anos 1980, redescoberta e ressignificada aqui, é um dos chamarizes do filme, que usa e abusa de elementos da ficção científica. Destaque para a passagem em que Eli começa a descobrir como manejar a arma, encontrada em um galpão abandonada. Aliás, se você acha que o mundo está ficando "chato demais" e as armas estão sendo "demonizadas" pelo cinema, “Kin” prova o contrário.
Mistério distópico
Adaptação do curta “Bag Man”, também dos irmãos Baker, "Kin" acena para um universo paralelo habitado de soldados evoluídos. Eles são humanos? São heróis? Contra o que lutam? Dá para confiar na outra dimensão, onde habitam? Nada disso é esclarecido totalmente na história, abrindo espaço para uma sequência. Apesar de não ir a fundo nesse mundo fantástico, as migalhas oferecidas fascinam pelo desconhecido. Provavelmente vão atrair fãs de ficção científica, se esse for o seu caso.
Michael B. Jordan
Nenhum dos pontos acima te fisgou, mas você amou o recente “Pantera Negra”, um das maiores bilheterias do mundo em 2018? Boa notícia, o astro Michael B. Jordan, que vive o antagonista Erik Killmonger, faz uma ponta fundamental para a trama do longa, também produzido por ele. A aparição foi mantida em sigilo por cerca de dois anos, assim como o crédito de produtor, descoberto apenas recentemente. O Tocha Humana de "Quarteto Fantástico" (2015) pode ter encontrado aqui um herói para chamar de seu, e isso é ótimo.
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