Ode à diversidade, Milkshake Festival faz luta em forma de celebração em SP
No início da tarde, o Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, ainda estava bastante vazio. Com o cair da noite, o espaço se encheu com cada vez mais pessoas, que chegavam para curtir as atrações do Milkshake Festival, voltado para o público LGBTQ+.
Um show da cantora Wanessa de um lado, que fez o público vibrar, uma competição para escolher a melhor Drag Queen.
Foi assim que o evento se desenrolou: trazendo muita cor, energia e louvando a diversidade, que atravessaram os quatro palcos distintos que foram montados.
O clamor pelo respeito e igualdade permeou as apresentações, que foram vistas por cerca de 15 mil pessoas, segundo a organização do evento.
Em um show nostálgico, Simony, à frente do Balão Mágico, torceu para que as pessoas pudessem a aprender a respeitar as outras “como elas são”. Preta Gil pediu por um mundo em que ódio não tivesse mais espaço.
Daniela Mercury, que fez o chão tremer com suas batidas poderosas, fez um discurso ainda mais política: chamou a atenção dos políticos e disse que queria “Pabllo Vittar para presidente”.
“Acho o festival genial. É um jeito muito afro-brasileiro de se empoderar. A parada, os festivais, a cultura é muito importante, é a forma que a gente tem de trazer mensagens de uma maneira positiva, de uma maneira interessante, bela. A arte já traz diversidade naturalmente”, declarou Daniela durante uma conversa com jornalistas antes de subir ao palco.
A opinião de Daniela também é defendida por Preta Gil, que se apresentou com um vestido com as cores do arco-íris.
“[O festival] É mostrar que a gente está unido, que a gente é forte, que continua lutando, que nossa luta está só começando, e que a sociedade tem que olhar pra gente com mais amor, respeito. É uma luta, essa festa existir é uma representatividade da nossa luta”, afirma a cantora.
O público também reverbera a opinião dos artistas. “Espero que tenho muitos anos, achei a programação muito legal. Acho que é uma forma de representatividade tanto política quanto social”, opina Denise Oliveira, 38.
Heitor Person, 40, também vê a representatividade como um diferencial do Milkshake: “Mostra várias nuances do mundo LGBT em um lugar só, isso acaba unindo as pessoas.
Salete Campari, uma das Drag Queens mais famosas do Brasil e uma das juradas do concurso de Drags, concorda que o festival permitiu unir vários grupos.
“Essa junção é maravilhosa, mas a comunidade precisa abraçar. Precisa a comunidade acreditar que é feito pra gente”, enfatiza.
A festa atingiu sua auge em um show apoteótico de Pabllo Vittar, acompanhado por uma multidão, que rebolou junto com a cantora, que não parecia perder em um só momento toda sua energia, enquanto pulava incontrolavelmente.
“É onde a gente tem espaços que a gente tem pra colocar artistas que são LGBT em evidência e mostrar que o trabalho da gente além de trazer alegria, traz representatividade, traz empoderamento para essa galera que está aí”, disse Pabllo ao UOL.
Nem tudo é arco-íris
Alguns problemas ocorreram no festival. Durante o show de Pabllo, um dos outros palcos acabou ficando praticamente vazio. Além disso, houve alguns problemas de som no show da cantora Gretchen.
Mas a maior saia justa ocorreu durante o show de Wanessa, que, após entrar atrasada e estourar o tempo, teve o microfone desligado e não conseguiu encerrar a apresentação. Nos bastidores, a cantora demonstrou frustração e sua mãe, Zilu Camargo, reclamou da situação.
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