Quatro momentos do palco eletrônico no Lolla que só viu quem esteve lá
O sábado (24) foi cheio de boas surpresas para quem escolheu ficar no Perry's, o palco eletrônico do Lollapalooza Brasil 2018. As atrações mais diversificadas refletiram no público, mais jovem, colorido e descolado do que no dia anterior, quando o EDM dominou a pista.
Destaque para Mac Miller, que apresentou suas rimas e politizou o show com gritos de "Fuck, Donald Trump", acompanhado pela plateia. Os mesmos jovens que resolveram debandar para o show do Imagine Dragons, no palco vizinho, deixaram a pista tranquila e as atrações vazias. Resultado: roda-gigante sem filas; banheiros, idem. E espaço de sobra para se divertir.
"Fuck Donald Trump"
Em vez do já conhecido "Fora, Temer", que já tomou conta de shows e festivais Brasil afora, o grito de protesto no palco eletrônico foi contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O rapper Mac Miller --que se apresentou no final da tarde e levou suas rimas, hip-hop e até pitadas de R&B para o palco dominado pela eletrônica-- pediu para que o público gritasse contra o presidente dele. E foi atendido.
"Por favor, repitam comigo: 'Fuck, Donald Trump'", pediu antes de cantar um dos seus maiores hits, que leva justamente o nome do presidente republicano. Miller ainda lembrou que, quando ele lançou a música, em 2011, nem imaginava que um dia Trump viria a ocupar um dos cargos de maior poder do mundo. Na plateia o apoio também veio em forma de camisetas, como "Mac Miller para presidente", e bandeiras de outros países, inclusive do México, país que enfrenta as mais duras políticas do magnata.
Roda-gigante sem fila
Apesar de ser o dia mais movimentado do festival, algo surpreendente aconteceu neste sábado: roda-gigante sem filas em horário nobre. Tudo graças ao Imagine Dragons. A banda tocou no afastado palco Ônix e levou quase o festival inteiro para lá. Como a roda-gigante está bem em frente ao Perry's, sobrou espaço no brinquedo mais disputado do evento. A fila para se fazer um piercing gratuitamente, outra atividade bastante concorrida, também era inexistente. Sorte de quem ficou na área eletrônica entre 19h e 21h.
Poeirão
O aumento do público neste sábado, um dos dias com ingressos esgotados, e a ventania que em alguns momentos refrescava o Autódromo destacou uma das características do palco que recebe o público do Lolla. A poeira do chão de pedrinhas subiu e criou uma névoa que competia com os efeitos de luzes dos shows. Nos pés da galera, muitos tênis com meias cobrindo a canela para segurar o poeirão e botinhas "desbotadas" pela poeira fina. As cangas, tão populares nos outros palcos que contam com gramado, também perderam espaço por ali. O que não é um grande problema, já que o Perry's foi mesmo pensado para ficar em pé e dançar.
Girl Power
A DJ e produtora Devochka arrasou representando as mulheres em cima do palco. Com um set que abriu os trabalhos do Perry's, a mineira foi a única artista feminina escalada para o palco em todo o festival. "A gente quer mais mulher na cena de música eletrônica, produzindo as próprias músicas, tipo eu. Para mim é sempre uma honra representar as mulheres, pois sei que faço isso muito bem", disse Devochka ao UOL logo após o show, enquanto atendia fãs e fazia selfies com eles.
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