"Honra em representar mulheres", diz única DJ do palco eletrônico do Lolla

Depois de ter o primeiro brasileiro encerrando o Lollapalooza no dia anterior, com o set de Alok, o palco Perry's abriu a programação neste sábado (24) --dia mais concorrido do festival-- com a apresentação de Devochka, nome artístico da mineira Mayra Cruz, única mulher entre os artistas que se revezam no palco durante os três dias de festival.

"Na maioria dos festivais eu estou sempre tocando sozinha. Ou sou eu e mais uma. Tem pouca mulher na cena", disse a DJ e produtora, já acostumada com a situação.

O nome artístico, Devochka, significa "garota" em russo. A brasileira começou tocando em pequenas festas no interior de Minas Gerais e cresceu até ganhar fama internacional. Já tocou na França, Alemanha, Hungria, Finlândia e México.

"A gente quer mais mulher na cena de música eletrônica, produzindo as próprias músicas, tipo eu e a Groove Delight [da paulista Ké Fernandes]. Para mim é sempre uma honra representar as mulheres, pois sei que faço isso muito bem", completou a DJ e produtora.

O convite para tocar pela primeira vez no Lollapalooza veio depois do crescimento de Devochka na cena eletrônica. Ela tocou em festivais como Universo Paralello (BA), Soulvision (SP), Sunset Festival (MG), Euphoria (RJ) e Orion Festival (RS) até ser notada pela festa idealizada pelo músico americano Perry Farrell.

O show, que começou sob o sol forte do meio-dia, rendeu mais do que a mineira esperava. "A galera chegou cedo mesmo, gritou, cantou junto. Agora vou tirar foto com todo mundo", disse Mayra, que fez questão de atender os pedidos de selfies dos fãs depois da apresentação.