Nove anos de espera, mas nem todos aprovaram volta de Potter aos livros
Nove anos e alguns dias depois, Harry Potter voltou às prateleiras das livrarias em alguns países. A oitava história do bruxinho mais famoso da cultura pop, “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”, chega ao Brasil apenas em 31 de outubro pela editora Rocco, mas já alcançou a marca de dois milhões de exemplares vendidos em apenas dois dias de seu lançamento, em julho, no Canadá e nos Estados Unidos.
Mas o que era para ser a realização de um sonho distante e quase impossível, acabou tendo um gosto amargo por parte dos fãs que exibiram nas redes sociais suas frustrações com a nova história.
“Qualquer outra pessoa amou todos os Harry Potter, mas sinto que a última metade do último livro é um fan fiction?”,questionou no Twitter o roteirista Max Landis, traduzindo a insatisfação dos fãs.
“Foi muito decepcionante, infelizmente. Parece uma fan faction falha do que um livro do Harry Potter”, comentou um usuário. “Parece uma fan fiction envolvente. Queria que J.K. Rowling tivesse escrito um livro ela mesma, teria adorado”, disse outra.
Mas, afinal, o que mudou na saga para que o livro recebesse críticas dos fãs?
Escrita originalmente para o teatro – em duas peças, atualmente em cartaz em Londres --, o livro está longe de trazer o fluxo da narrativa sedutora de J.K.Rolling. É, sim, o roteiro na íntegra, escrito por Jack Thorne e John Tiffany, em cima da história de Rowling. Isto é, não traz muitas passagens e detalhes, apenas pontua frases e o contexto da cena, o que tem trazido críticas quanto ao seu tom de ‘fan fiction’ [ficções criadas por fãs com base na história original].
Incomodada com os comentários, Rowling resolveu se pronunciar: “Para ser clara: o roteiro de 'Harry Potter e a Criança Amaldiçoada' foi publicado. Não é um romance. Não é prelúdio”, escreveu no Twitter.
A forma pode causar estranhamento, mas há quem aponte que o texto, na verdade, é fraco.
Na imprensa, “Criança Amaldiçoada” recebeu mais elogios, mas não deixou de ter seus desdobramentos questionados. A crítica do site “Huffington Post” afirma que há buracos na trama, e o aparecimento sem propósito de novos papéis, como um “amor de infância” de um personagem da trama.
Magia no teatro
Dividida em duas partes, a produção acompanha os amigos Harry, Ron e Hermione já adultos. Potter, na casa dos 30, é funcionário do Ministério da Magia que tem que lidar com a dificuldade enfrentada por seu filho mais novo, Albus Severus, com o legado de sua família famosa.
Desde as primeiras sessões, no Palace Theatre, em West End, jornalistas e fãs se desdobraram em elogios-- mostrando que a força do texto pode estar na encenação. "Eu realmente gostei dos filmes, mas depois de ver isso, eu diria 'esqueçam os filmes'", disse o fã Callum Fawcett. "É fantástico, tem de tudo".
Os efeitos no palco também encantaram a plateia. "É uma versão inteiramente diferente de tudo que todo mundo adora nos livros. Os efeitos visuais que eles usam não se parecem com nada que eu já vi", disse Ollie Southgate.
"Eu estava nervoso de que a peça não estivesse à altura das minhas expectativas, mas foi absolutamente ótima. Mal acreditamos que se tratava de um simples ensaio", declarou Katie Bitter, de Washington, à BBC.
* Com informações da Reuters e da AFP
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