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Representante do Chick-Lit, Emily Giffin diz não escrever para mulherzinha

A escritora Emily Giffin (de vestido rosa) durante evento da editora Novo Conceito - Reprodução/Facebook
A escritora Emily Giffin (de vestido rosa) durante evento da editora Novo Conceito Imagem: Reprodução/Facebook

Fabíola Ortiz

Do UOL, no Rio

31/08/2013 18h37

Representante do novo gênero literário conhecido como "Chick-Lit", a americana Emily Giffin de "Ame o que é Seu" e "Questões do Coração" recusou a ser rotulada como autora mulherzinha e anunciou que está prestes a terminar de escrever seu novo romance.

"Realmente não acho que é esse o estilo que eu escrevo. Não quero dizer que não gosto para não gerar preconceito, mas não acho que meus livros se encaixem neste gênero”, disse Emily Giffin em um encontro com seus leitores na Bienal do Livro, na tarde deste sábado (31), no Rio.

A autora, que já vendeu 8,5 milhões de cópias em todo o mundo e 350.000 só no Brasil, esteve na Bienal para lançar "Uma Prova de Amor" e aproveitou para anunciar em primeira mão aos fãs o título de seu novo romance em inglês, "The One Only".

"Estou bem perto de terminar meu próximo livro, faltam apenas seis horas de escrita. Vocês estão sabendo em primeira mão, não fui autorizada nem a falar o nome pelo Facebook”, comentou Emily.

Sem dar muitos detalhes sobre a trama, a escritora americana adiantou que tem dois personagens famosos, entre eles, um treinador de esporte. “Este livro pode atrair muitos homens e tem um treinador famoso. Tem um pouco de esporte e os brasileiros adoram esportes”, opinou.

Com problemas de tradução, o evento começou com 20 minutos de atraso e com um público reduzido, o auditório Mario de Andrade teve metade de sua lotação. O evento concorreu com a sessão de autógrafos de Nicholas Sparks que durou mais de quatro horas.

Esta é a segunda vez que Emily vem ao Brasil e ela pretende continuar mantendo contato com seus leitores brasileiros pelo Facebook e se inspirando nas ideias que eles dão. “Eu nomeei um dos meus personagens de 'Laços Inseparáveis' em homenagem a um dos fãs no Facebok e o encontrei aqui na feira”, lembrou.

Apesar de ser lida por muitas mulheres, Giffin disse que não escreve para uma idade particular. “Fico surpresa em saber que tenho leitoras novas e um público jovem. Eu escrevo para todas as idades e mulheres, mas também para homens”.

Emily definiu a sua literatura rodeada de sensibilidade. “Eu escrevo sobre relacionamentos, amizades, casamentos, relações entre irmãs, todos os tipos de relacionamentos. Eu sempre vou escrever sobre isso...”, salientou a autora ao destacar que nunca escreveria sobre algum personagem que não tivesse absolutamente nada a ver com ela. “Gosto de escrever sobre pessoas que cometem grandes erros, a gente tenta fazer as coisas boas, mas acaba fazendo uma escolha ruim e cometendo erros. Há um tema muito comum nas minhas obras, o perdão e como perdoamos”, disse.

Perguntada se tem algum livro predileto de sua autoria, Emily admitiu que “Laços Inseparáveis” e “Presentes da Vida” são seus preferidos. “Esses são os meus melhores. 'Presentes da Vida' tem a ver com uma fase da minha vida, um tempo nostálgico quando tive meus filhos. E em 'Laços Inseparáveis', amei a Curby (uma personagem de 18 anos) e o conceito do que acontece quando você tem um grande segredo e nunca contou a ninguém e ele te pega depois na vida. Mas espero que este livro que estou escrevendo seja ainda melhor”, torceu.

Emiliy Giffin ainda explicou a sua decisão de ser escritora. “Eu sempre quis ser escritora desde os 5 anos. Eu pensava: adoraria ser uma autora quando crescer”. Para ela, não há melhor sentimento no mundo quando termina de escrever um livro. “Eu já fui advogada e nunca tive esta mesma sensação. Fiz faculdade de direito acho que com medo de seguir meu sonho. É sempre difícil ir atrás daquilo que você ama”, finalizou.