Escritor chileno Germán Marín, de O Palácio do Riso, morre aos 85 anos
O escritor chileno Germán Marín, autor de obras como Círculo Vicioso e O Palácio do Riso, que se tornou célebre por sua "literatura incômoda", morreu no último domingo, segundo informou a editora Ediciones UDP, que publica suas obras.
O autor tinha 85 anos, e a causa do falecimento não foi divulgada, embora ele sofresse há muito tempo com problemas de saúde.
Ao longo da carreira, Marín publicou mais de 20 livros, o primeiro Fogos Artificiais, em 1973. Exemplares da obra foram destruídos durante a ditadura de Augusto Pinochet e a reedição só aconteceu em 2018.
Durante o período da repressão, viveu no exílio, primeiro no México e depois da Espanha, neste último, onde atuou no meio editorial, mas sem escrever.
A volta ao Chile aconteceu já na década de 90, onde publicou uma trilogia que se tornou internacionalmente conhecida: História de uma Absolvição Familiar, composta pelos livros Círculo Vicioso, As Cem Águias e A Onda Morta, que representaram uma nova versão escrita da história recente do país sul-americano.
O estilo de Marín e suas obras ficaram conhecidos como de difícil classificação em correntes literárias, apontada como de estética radical, diante de outros escritores menos preocupados com os problemas sociais chilenos.
Durante a carreira, o escritor recebeu diversos prêmios, se mantendo ativo até os fim da vida, já que publicou semanas atrás o último livro Um Escuro Pedaço de Vida.