Cate Blanchett abre Festival de Veneza dizendo que o cinema 'voltará mais forte'
A atriz australiana Cate Blanchett abriu as atividades do 77º Festival de Veneza definindo a realização como um feito quase que divino em meio à pandemia de coronavírus e que o cinema retorna com mais força.
É preciso arriscar, mesmo com o risco de fracassar. Estou convencida que o cinema ressurgirá mais forte do que antes."
Vencedora de dois prêmios no Oscar, Cate fica a frente do colegiado de sete personalidades responsável por entregar os prêmios do festival, incluindo o cobiçado Leão de Ouro.
A atriz definiu sua participação como "um milagre".
Retomada da arte
"Esse festival é um exemplo de resiliência, de capacidade, de vontade de reabrir, mesmo que, obviamente, de maneira segura. Estou aqui hoje para prestar solidariedade aos cineastas, a quem quero aplaudir longamente", completou a atriz no seu discurso.
Ela passou os últimos meses em isolamento e, segundo suas próprias palavras, conversou apenas com suas galinhas e seus porcos.
A australiana afirmou que o Festival de Veneza será "especial".
Tanto que meu marido, apesar de eventuais perigos, me disse: 'Claro que você deve ir', ainda que meus filhos pensassem de forma diferente."
Abertura
Redimensionada e com menos luxo e aglomerações, a 77ª edição do Festival de Veneza começa hoje, com a exibição do filme "Laços", adaptação de um romance homônimo de Domenico Starnone e dirigido por Daniele Luchetti.
A cerimônia também reunirá os diretores de outros sete grandes festivais da Europa, incluindo Berlim e Cannes, para prestar solidariedade à indústria do cinema, que sofreu com paralisações devido ao coronavírus.
"Se houve algo positivo no isolamento, é que nos permitiu falar bastante com alguns festivais, compartilhando informações e projetos", declarou o diretor da Mostra de Veneza, Alberto Barbera.
Já o diretor do Festival de Cannes, Frémaux ressaltou que é "belo" estar em Veneza, em uma rara reunião de diretores de grandes mostras.
Os festivais demonstram a importância e o valor do cinema durante crises. É algo belo e corajoso se um festival acontece em um momento de dificuldade."
Leão de Ouro
Ao todo, 18 filmes competirão pelo Leão de Ouro, sendo quatro italianos: "Le Sorelle Macaluso", de Emma Dante; "Miss Marx", de Susanna Nicchiarelli; "Padrenostro", de Claudio Noce; e "Notturno", de Gianfranco Rosi.
Criticada em outras ocasiões pela falta de paridade de gênero, a Bienal de Veneza selecionou 18 produções dirigidas por 11 homens e oito mulheres -- uma delas tem dois cineastas.
O único filme brasileiro no festival é o documentário "Narciso em férias", sobre a prisão de Caetano Veloso na ditadura militar e que será exibido em uma seção paralela ao concurso principal.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.