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Juiz de Los Angeles rejeita ação de assédio sexual de Ashley Judd contra Weinstein

Ashley Judd no Oscar 2018 - Getty Images
Ashley Judd no Oscar 2018 Imagem: Getty Images

De Los Angeles (EUA)

10/01/2019 01h21

Um juiz de Los Angeles rejeitou nesta quarta-feira (9) a ação de assédio sexual movida pela atriz Ashley Judd contra o ex-produtor de Hollywood e magnata Harvey Weinstein.

O juiz Philip Gutiérrez decidiu que a atriz pode prosseguir com seu processo por difamação, mas que a denúncia de assédio sexual não se enquadra na legislação da Califórnia.

Judd acusa o produtor --denunciado por abuso sexual por centenas de mulheres-- de ter arruinado sua carreira devido a sua negativa de ceder ao assédio.

Segundo a ação, Weinstein convenceu o diretor Peter Jackson a não chamar a atriz para o elenco de "O Senhor dos Anéis", assegurando que era "um pesadelo" trabalhar com ela.

O juiz Gutiérrez esclareceu que o assédio é caracterizado em uma relação de trabalho já constituída, o que não foi o caso.

Weinstein pediu em julho o arquivamento do processo afirmando que entre os dois havia um "pacto sexual", no qual "ela deixaria ser tocada se ganhasse um prêmio da Academia por um de seus filmes'".

Judd alegou que o "pacto" era de 20 anos atrás, quando o produtor a convidou para seu quarto em um hotel de Beverly Hills e a convidou para vê-lo tomar um banho. O acordo teria sido um artifício para escapar do assédio.

O diretor Peter Jackson confirmou, em dezembro de 2017, que Weinstein fez comentários na década de 1990 para desprestigiar atrizes que depois o acusaram de assédio ou abuso sexual.