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Sobrinho de Michael Jackson quer fazer série defendendo-o de denúncias de abuso

O cantor Michael Jackson em show em janeiro de 1999 - Rusty Kennedy/Associated Press
O cantor Michael Jackson em show em janeiro de 1999 Imagem: Rusty Kennedy/Associated Press

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

25/01/2019 13h28

Taj Jackson, filho de Tito Jackson e sobrinho do rei do pop Michael Jackson, começou uma campanha no site Go Fund Me para levantar dinheiro a fim de realizar uma série documental que defenderia o tio de acusações de abuso sexual de menores.

Na introdução do projeto, que pode ser visto aqui, Taj diz que sua série vai revelar como Michael foi "traído, encurralado e extorquido" durante a vida. O sobrinho do cantor detona as "acusações póstumas sem substância" contra o tio.

O projeto é, em parte, uma resposta ao documentário "Leaving Neverland", que deve ser exibido no Festival de Sundance nesta semana e distribuído pela HBO ao redor do mundo ainda neste ano.

O filme tem causado polêmica por mostrar os testemunhos de Wade Robson e James Safechuck, que alegam ter sido abusados por Jackson quando eram menores de idade. Como apontaram diversos biógrafos do cantor e jornalistas, não há evidências que deem suporte a estas alegações.

Em 2017, Robson e Safechuck tiveram seu processo contra Jackson descartado pela justiça americana. "Depois de serem rejeitados pelas cortes, eles se voltaram aos produtores da HBO e do Festival de Sundance para contarem suas histórias", critica Taj na sua proposta.

"Eu estou extremamente desapontado com estes produtores. Foi a gota d'água. Michael Jackson morreu como um homem que foi provado inocente. É hora de falar a verdade, e estou disposto a fazer isso", completa.

O produtor e diretor de "Leaving Neverland", Dan Reed, não mudou sua instância após a chuva de críticas. "Se há algo que aprendemos na nossa história recente, é que abuso sexual é complicado, e que a voz dos sobreviventes precisa ser ouvida", declarou em entrevista.

"Foi preciso muita coragem para estes homens contarem suas histórias, e não tenho nenhuma dúvida da validade delas", disse ainda.