Topo

Centro de San Diego vira palco de apocalipse zumbi no terceiro dia de Comic-Con

Participante vestida de zumbi "prega" cultura zumbi em rua da Comic-Con, em San Diego (13/7/12) - Estefani Medeiros/UOL
Participante vestida de zumbi "prega" cultura zumbi em rua da Comic-Con, em San Diego (13/7/12) Imagem: Estefani Medeiros/UOL

Estefani Medeiros

Do UOL, em São Paulo

14/07/2012 08h00

Não foi em uma prisão, como na nova temporada de "The Walking Dead", nem em um hospital, como no primeiro jogo da franquia "Resident Evil", o "apocalipse zumbi" aconteceu pela primeira vez no estádio de beisebol Petco Park, em San Diego, como parte da programação da Comic-Con, nesta sexta-feira (13).

O centro da cidade começou a ser povoado por fãs de mortos vivos logo pela manhã, quando foram anunciadas as novidades da série baseada no centésimo quadrinho do autor americano Robert Kirkman e da animação infantil "Paranorman". No período da tarde, foi a vez de "Resident Evil - Restituição" atrair o público da convenção de cultura pop. E no início da noite, uma passeata zumbi tomou as ruas do centro histórico da cidade, reunindo curiosos e maquiagens sinistras no local.

Em programação que durou o dia inteiro, o Petco Park recebeu milhares de visitantes em busca de única experiência: viver uma fuga e tentar sobreviver ao apocalipse zumbi de "Walking Dead". Para o vendedor de quadrinhos Alex, que tentava emplacar sua própria história sobre "walkers" nos portões do Petco Park, "as pessoas gostam de histórias de zumbis porque representa o fim do mundo, o caos, e o que vem depois". 


Do lado de dentro do estádio, com um ingresso que custava entre 18 dólares (para assistir) e 85 dólares (para se tornar um sobrevivente) era possível vivenciar momentos parecidos com os da série em uma espécie de corrida com obstáculos. Um dos curiosos itens do cenário era uma TV que exibia notícias criadas tendo como base o fim do mundo. 

Acompanhado da mãe, o jovem Nicolas, de 12 anos, vestido com uma camiseta em que se lia "me pergunte sobre meu plano zumbi", disse que ele gosta da forma realista como a história é contada. "A gente sabe que não é para levar a sério, mas é legal se imaginar vivendo esse tipo de situação e ver como as pessoas reagem a elas". 

Suada e sem fôlego após passar pela corrida, a estudante Jessica, 29, disse que achou a ideia muito divertida. "No começo da um pouco de medo, quando eles começam a correr atras de você. Mas é seguro, tem paramédicos, então você relaxa e vai", explica. Jessica acredita que o sucesso do tema não tem a ver com a ficção, mas com a aplicação na vida real. "As pessoas acham que é só uma série sobre zumbis, mas não, é sobrevivência, é como você se coloca no mundo e a ética de suas escolhas."