Era uma vez uma nação asiática em franco crescimento econômico, mas isolada política e culturalmente por uma ditadura, que aos poucos foi se abrindo para o mundo. Hoje, um dos epicentros da cultura pop global, essa mesma nação é dona de um mercado de entretenimento bilionário, com amplo reconhecimento internacional e potencial de crescimento a perder de vista.
A onda sul-coreana —conhecida como "hallyu"— é um tsunami que veio se formando paulatinamente há 30 anos, alavancado por um sólido projeto do país e que apenas recentemente pôde ser percebida claramente no Ocidente e no Brasil, com o sucesso do grupo BTS e do filme "Parasita", vencedor de quatro Oscars em 2020, incluindo o de melhor longa.
Com a pandemia do novo coronavírus, que paralisou engrenagens da cultura e tende a deixar um rastro ainda mais profundo nos próximos meses, o país já sente o baque em seu entretenimento, mas a experiência da Coreia do Sul ensina que, mesmo esse assim, esse maremoto não deve perder força nos próximos anos. Pelo contrário. Atacará em outras frentes.