Para suas protagonistas, "Game of Thrones" teve um papel essencial ao colocar personagens femininas como Daenerys e Sansa como líderes - a primeira, inclusive, se tornou uma referência de "girl power", e foi contraposta às tradicionais princesas Disney quando começaram a surgir várias artes e produtos com a frase "Não sou uma princesa, sou uma Khaleesi".
Emilia Clarke, a intérprete da Mãe dos Dragões, acredita que sua personagem e outras se tornaram fonte de inspiração para várias mulheres por conta dos paralelos traçados entre a história da ficção e o nosso mundo real.
É uma série que fala sobre poder e coloca mulheres em posições de poder. Isso é único.
"O mundo da série e o da vida real são completamente diferentes, mas há essa base fundamental de você ter uma ideia, acreditar nela o suficiente para as pessoas te apoiarem e acreditar mais ainda para se promover como alguém que pode liderar outras pessoas. Enquanto isso, no nosso mundo fantástico, a divisão de gênero é o que é, e na nossa sociedade, também. Há muitos paralelos que você pode traçar", contou ao UOL em fevereiro, antes da estreia da temporada.
Para Gemma Whelan, que na série dá vida a Yara, a líder das Ilhas de Ferro, "Game of Thrones" ajudou a melhorar a representação das mulheres na TV. "Havia esse desejo de ver personagens femininas sendo escritas de forma mais realista. Como 'Game of Thrones' está nos holofotes e tem tantos papéis femininos incríveis como tem papéis masculinos, acho que ela ajudou a aumentar as expectativas em torno do que os roteiristas vão escrever a partir de agora".
A série certamente alimentou essa necessidade de as mulheres serem retratadas como são, ou seja, pessoas completas, brilhantes, inteligentes, fracas, fortes e tudo o que vem no meio.