Fãs de K-pop emergem como força política nos EUA, mas causam preocupação na Coreia do Sul
Alguns fãs de músicas K-pop com conhecimento de tecnologia surgiram como atores cada vez mais ativos na política norte-americana, mas no local de nascimento do gênero, os fãs sul-coreanos têm receio de que seus artistas favoritos sejam atraídos para disputas partidárias no exterior.
Fãs de artistas pop sul-coreanos, incluindo o popular BTS, se uniram aos principais movimentos políticos dos EUA nas últimas semanas, usando suas comunidades online e aplicativos móveis para incentivar a participação e doações.
Os fãs de K-pop e os usuários do TikTok, um popular aplicativo de compartilhamento de vídeos, reivindicaram crédito parcial por inflar expectativas de participação em uma arena com poucas pessoas em comício do presidente dos EUA, Donald Trump, em Oklahoma, no fim de semana.
No início deste mês, eles entraram em protestos nas mídias sociais contra o racismo e a brutalidade policial. Fãs do BTS igualaram a doação de 1 milhão de dólares da banda ao movimento Black Lives Matter (BLM).
"Os canais de comunicação baseados em dispositivos móveis, favorecidos pela geração milênio, fornecem um meio eficaz para espalhar rapidamente suas vozes políticas e mobilizar apoio", disse Jung Duk-hyun, crítico de cultura sul-coreano.
Mas o incidente com o comício da campanha de Trump provocou novos debates entre os fãs na Coreia do Sul, que não parecem estar significativamente envolvidos nesse esforço. Os jovens artistas sul-coreanos raramente se envolvem com a política de seu país, e muitos fóruns de fãs proíbem discussões políticas.
Chang Ju-yeon, um estudante de 22 anos, disse que muitos fãs coreanos apoiam campanhas de direitos humanos lideradas pelo BTS, mas que os cantores não devem ser usados na política dos EUA.
"Os artistas devem ficar longe da política, pois algumas pessoas podem tirar proveito de sua fama por motivos políticos e isso acabaria voltando para prejudicá-los", afirmou Chang.
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