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Indústria musical fará dia de silêncio em apoio a protestos raciais nos EUA

27.mai.2020 - Manifestante quebra vidro de estabelecimento em Minneapolis, nos EUA; protestos ocorrem após morte de homem negro em ação da polícia - Nicholas Pfosi/Reuters
27.mai.2020 - Manifestante quebra vidro de estabelecimento em Minneapolis, nos EUA; protestos ocorrem após morte de homem negro em ação da polícia Imagem: Nicholas Pfosi/Reuters

Mike Davidson e Mike Collett-White

01/06/2020 13h06

As principais gravadoras da indústria musical norte-americana farão parte da "Black Out Tuesday" amanhã, suspendendo seus negócios por um dia e trabalhando com comunidades para combater a desigualdade racial.

A atitude é uma resposta aos protestos que eclodiram nos EUA por causa da morte de um homem negro, George Floyd, que estava sob custódia policial. Vários artistas importantes também se manifestaram sobre a morte e as manifestações subsequentes.

"Estamos do lado da comunidade negra", disse a Universal Music no Twitter, com a hashtag #TheShowMustBePaused ("O show precisa ser pausado", em tradução livre).

"O negócio da música no WMG não continuará como de costume", escreveu a Warner Records em sua conta, referindo-se ao Warner Music Group, adicionando que fará doações para a "Black Lives Matter" e outros grupos que lutam contra injustiça racial.

A Sony Music fez um anúncio semelhante, enquanto a Interscope Geffen A&M, parte da Universal, disse que não lançaria nenhuma música nova nesta semana.

Em um memorando para a equipe no fim de semana, o presidente da Universal, Lucian Grainge, afirmou que a empresa está montando uma força-tarefa para trabalhar na melhoria de seu desempenho em aspectos como inclusão e justiça social.

"Esta semana, mais uma vez, vimos as realidades mais dolorosas da nossa sociedade sobre raça, justiça e desigualdade trazidas — cruel e brutalmente — para a dura luz do dia", escreveu ele na nota, vista pela Reuters.