Berlim rejeita pedido para trocar tapete vermelho por preto em protesto
Os organizadores do Festival Internacional de Cinema de Berlim recusaram nesta quarta-feira (14) um pedido para fazer as estrelas de cinema percorrerem um tapete preto, e não vermelho, como símbolo de apoio a uma campanha contra o assédio sexual na indústria.
Depois da cerimônia do Globo de Ouro em janeiro, na qual as pessoas vestiram preto no tapete vermelho para expressar solidariedade com o movimento, mais de 21 mil pessoas assinaram uma petição solicitando que o próprio tapete mudasse de cor na "Berlinale" deste ano.
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Mas um dia antes do início do festival, seu diretor, Dieter Kosslick, disse que entende as razões da campanha, mas que rejeitou uma "política simbólica" e que, em vez disso, quer se concentrar em eventos que debatem o assédio sexual.
"Gostaríamos de usar nossas atividades para mergulhar mais fundo no debate #MeToo do que um tapete permitiria, por isso não planejamos colocar um tapete preto na Berlinale", disse Kosslick.
O festival já havia anunciado um debate de uma comissão sobre assédio sexual, um espaço de aconselhamento e um seminário que estimulará as mulheres que foram assediadas a se pronunciar e buscar maneiras de aumentar a igualdade na indústria do cinema.
Kosslick disse que certos filmes foram retirados da programação devido a alegações de abuso sexual contra pessoas envolvidas nas produções, mas não quis identificá-los.
Cerca de 400 filmes serão exibidos na 68ª Berlinale, que começa com "Ilha dos Cachorros", animação do diretor norte-americano Wes Anderson sobre um menino em busca de seu animal de estimação em um aterro sanitário onde uma cidade fictícia exilou todos seus cães.
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