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Obra do uruguaio Torres-García tem o valor mais alto em leilão de arte latino-americana

Imagem de "The Great Way" (1921-1922), obra do artista uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949). Trabalho faz parte das aquarelas em que retratou Nova York (EUA) em um caderno - Divulgação
Imagem de "The Great Way" (1921-1922), obra do artista uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949). Trabalho faz parte das aquarelas em que retratou Nova York (EUA) em um caderno Imagem: Divulgação

29/05/2013 18h14

Pioneiros da arte abstrata na América do Sul, liderados pelo uruguaio Joaquín Torres-García, o brasileiro Sérgio Camargo e o venezuelano Carlos Cruz-Díez, foram os mais vendidos no leilão de arte latino-americana da Sotheby's.

A obra "Composição Construtiva", de 1931, de Torres-Garcia, arrebatou 1,4 milhão de dólares nas vendas de terça-feira à noite, que totalizaram 14,7 milhões de dólares, com recordes estabelecidos por artistas venezuelanos.

"A arte abstrata latino-americana foi intensamente procurada", disse o chefe do setor de arte latino-americana da Sotheby's, Axel Stein.

Um comprador sul-americano não identificado adquiriu "Composição Construtiva", obra que usa uma grade para reter utensílios domésticos, vasos e jarros em quadrados e retângulos, e tem triângulos mostrando um homem de pé e um veleiro com dois mastros.

A obra "Sem Título" (Relief No. 263), de Camargo, um labirinto de cilindros caiados de branco, foi vendida por 845 mil dólares, e a escultura "Physichromie UBS Rouge", de 1975, do venezuelano Carlos Cruz-Díez, também por 845 mil dólares, estabelecendo um recorde mundial para o artista em leilões.

Com outros venezuelanos, Cruz-Díez ajudou a projetar a arte cinética. Normalmente as esculturas abstratas do gênero jogam com a ilusão de ótica, parecendo vibrar quando a pessoa passa por elas.

A peça "Physichromie UBS Rouge", de 5,6 metros, consiste de pintura acrílica e elementos em Plexiglas sobre alumínio. O trabalho tem quase todo o espectro de cores, com o domínio do vermelho, segundo a Sotheby's.

Outro venezuelano, Jesús Rafael Soto, teve a obra "Grand Relation Bleu et Noir", de 1965, vendida por 485 mil dólares, excedendo as estimativas antes do leilão, de que alcançaria 300 mil dólares.