Amigos e fãs comentam obra e homenageiam escritor Gore Vidal
Amigos e fãs do mundo todo homenagearam nesta quarta-feira (1) o escritor Gore Vidal, gigante literário norte-americano morto aos 86 anos.
Em seus romances, peças e ensaios, Vidal foi um mordaz observador da política, do sexo e da cultura nos EUA, tornando-se um dos mais conhecidos autores da sua geração. Ele morreu na terça-feira (31) em sua casa, em Los Angeles, por complicações de uma pneumonia.
"Gore Vidal foi o último gigante sobrevivente da safra de gigantes literários norte-americanos do pós-Guerra", disse Gerald Howard, diretor-executivo e vice-presidente da Doubleday, que foi por mais de uma década o editor de Gore.
"Ele também era um dos raros escritores norte-americanos que falavam não só com os seus compatriotas, mas com o mundo todo, que ouvia atentamente o que ele tinha a dizer. Ele não poderá ser substituído, e com certeza fará falta. O mundo acaba de se tornar um lugar mais burro."
Michael Coffey, codiretor editorial da revista setorial Publisher's Weekly, descreveu Vidal como um autor prolífico e um narrador divertido. "Apesar de toda a sua produtividade, ele foi capaz de entrar na arena pública e comentar sobre política e cultura de uma forma muito lúcida e divertida", afirmou Coffey em entrevista.
Graydon Carter, editor da Vanity Fair, disse que editar os textos de Gore foi uma das maiores alegrias da sua carreira. "Concorde-se ou não com ele, você sempre tinha de admitir que ele transmitia sua posição com a máxima elegância."
Para Jeffrey Richards, produtor da remontagem na Broadway da peça "The Best Man", de Vidal, o autor foi simplesmente "um original". "Ele escrevia romances, ensaios, peças, telepeças e filmes com graça, distinção, estilo, inteligência e sabedoria. Sem falar que era um mestre em contar histórias, um ator talentoso, um brilhante instigador e um imitador travessamente dotado. Por sua contribuição à cultura norte-americana, sempre seremos devedores dele."
O escritor Michael Kammen, escritor premiado com o Pulitzer e professor-emérito de História e Cultura Americana na Universidade Cornell, disse que Vidal era "um intelecto brilhante, um estilista soberbo, e um fofoqueiro fabuloso".
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