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"Você produz quando pode", diz CEO da Warner sobre filmes na pandemia

Robert Pattinson veste o uniforme do Homem-Morcego no primeiro trailer de "The Batman" - Reprodução
Robert Pattinson veste o uniforme do Homem-Morcego no primeiro trailer de "The Batman" Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/09/2020 23h24

Enquanto as gravações de "The Batman" foram paralisadas após a notícia que Robert Pattinson teria contraído a covid-19, "Tenet", outra produção da Warner Bros, está chegando aos cinemas em meio à pandemia do coronavírus. Ann Sarnoff, CEO da empresa, contou ao The Hollywood Reporter como tem tentado conciliar as produções diante de um cenário cheio de incertezas.

"Acho que nunca esperamos que as coisas corressem tranquilamente. Na verdade, à medida que preparamos nossos protocolos, criamos contingências", explicou a executiva.

"Se alguém der positivo, você faz o rastreamento de contato, faz uma pausa, avalia e volta quando pode. Acho que seria ingênuo pensar que não teríamos certos casos em certas produções. O mais importante é estar pronto para quando isso acontecer. E estávamos muito prontos."

As gravações do longa estrelado por Robert Pattinson haviam sido retomadas há poucos dias, após um grande hiato de toda a indústria cinematográfica.

"Não vejo as coisas mudando até que haja uma solução médica, a menos que alcancemos a imunidade coletiva de alguma forma. Em vez disso, estamos apenas procedendo como se não houvesse (a solução) e retomando a produção com a maior segurança possível", contou Sarnoff.

Se por um lado o coronavírus já encontrou os bastidores dos projetos da Warner, por outro sua existência está sendo desafiada com "Tenet". O longa está enfrentando um lançamento tradicional nos cinemas como um primeiro grande teste para saber se um gigante de Hollywood pode prevalecer em maio à pandemia.

"Exatamente quando o COVID apareceu, começamos a procurar maneiras alternativas de pensar sobre o lançamento de filmes", contou a CEO.

"Conforme o verão se desenrolava, começamos a pensar em maneiras mais inovadoras de lançar o filme."

"Os cinemas foram muito francos ao dizer que poderiam nos dar de três a quatro vezes mais telas do que o normal", revelou.

O diretor Christopher Nolan é um grande defensor da experiência cinematografia nas telonas e Sarnoff afirmou que a estreia do longa nem chegou a ser pensada para um formato on demand.

"Começamos a monitorar o comportamento das pessoas que voltavam aos restaurantes e teatros ao ar livre", explicou.

"Nossa abordagem é nunca fazer ninguém ir ao teatro se não se sentir confortável", defendeu, afirmando que acredita que também existam aqueles que estão a espera de consumir este tipo de experiência no momento.

Sarnoff ainda defendeu que é necessário paciência para enfrentar o cenário.

"Você tem que abrir em mercados onde puder. É o mesmo com a produção. Você produz quando pode", concluiu.